terça-feira, 15 de julho de 2014

Novos capítulos


Heron
Com lances dignos de novela, segue mais um capítulo da briga política entre PT e PMDB na Paraíba. O novo documento protocolado pela direção nacional petista deu mais um ingrediente à trama envolvendo, além dos dois partidos, o PSB, do governador Ricardo Coutinho, interessado direto no desfecho da queda de braço.

No documento, o presidente Ruy Falcão reitera, de forma categórica, a decisão de anular a convenção do diretório estadual pela aliança ao PSB, mantém a deliberação de composição na majoritária com o PMDB, mas libera o partido na coligação proporcional (estadual e federal).

À Coluna, os petistas manifestaram interpretação de que se os termos são ruins para a legenda não são menos traumáticos para o PMDB, cujos deputados depositam na coligação com o PT a viabilidade do retorno à Assembleia e à Câmara. Dirigentes do PT viram a nova petição como uma ameaça à reeleição da bancada peemedebista.

No seio da articulação de Vital do Rêgo a análise é outra. O documento foi recebido como uma nova vitória do senador. Por essa ótica, o PT retirou a exigência da vaga do Senado na chapa, conforme a Resolução datada de 26 de junho último, o que garante a permanência da candidatura, bem como revalidou a determinação de coligação majoritária com o PMDB. Um reforço e tanto.

Ainda de acordo com a avaliação que circunda Vital, a retificação da direção nacional deixando o PT livre na proporcional não representa qualquer prejuízo para os deputados do PMDB. Entende-se que a proposta de coligação é benéfica para o PT, mas ainda que este prefira ficar sozinho o PMDB tem força para manter o tamanho das bancadas.

Percebe-se o esforço retórico dos dois lados, mas nesse jogo é evidente que o maior desconforto é do PT. Por uma razão simples: é ele quem tem mais a perder. Para o PMDB, o que vier, nem que seja só o tempo do guia, é lucro.

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