sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Novo júri do caso Asfora é marcado para o dia 13 de Dezembro em CG


Novo júri do caso Asfora é marcado para o dia 13 de Dezembro em CG
Os três réus de um dos casos de maior repercussão da Paraíba na década de 80 serão julgados, no próximo dia 13, em Campina Grande, no Agreste do estado. Passaram-se mais de 20 anos desde que o então vice-governador da Paraíba Raymundo Yasbeck Asfora foi encontrado morto em sua residência, na granja Uirapuru, bairro de Bodocongó, em Campina Grande. Faltavam nove dias para que ele fosse oficialmente empossado quando morreu.
O julgamento foi marcado pelo juiz Alberto Quaresma e deve começar às 9h, no 2º Tribunal do Júri do Fórum Affonso Campos. Na época da morte, o Ministério Público da Paraíba denunciou os acusados por homicídio qualificado e concurso de pessoas. A viúva de Asfora, Gilvanete Vidal de Negreiros Asfora, o fotógrafo Marcelo Marcos da Silva e o caseiro João da Costa, apontados como suspeitos de envolvimento na morte, irão novamente a júri popular, após decisão tomada em 2009 da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No primeiro julgamento, realizado em Campina Grande, a maioria dos compontentes do corpo de jurados entendeu que Raymundo Asfora teria cometido suicídio e, por isso, os suspeitos foram absolvidos. A sentença, porém, foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) mediante recursos impenetrados pela família de Asfora. Os réus, por sua vez, também recorreram ao STJ, mas tiveram o recurso especial negado.

Foram convocados para o novo julgamento os peritos criminais Domingos Techetto, especialista em balística, e Genival Veloso de França, médico legista, pelo fato deles terem apresentado laudos periciais que se contrapõem aos já existentes no processo.

CASO ASFORA - O tribuno, político e poeta Raymundo Yasbeck Asfora foi encontrado morto no dia 6 de março de 1987, com um tiro de revólver na cabeça, na Granja Uirapuru, de sua propriedade, situada no bairro de Bodocongó, em Campina Grande. Os médicos legistas Fortunato Badan Palhares e Genival Veloso, que analisaram o caso, têm opiniões antagônicas. Enquanto o primeiro defende a tese de suicídio, o outro ressalta a hipótese de assassinato.

Os suspeitos do "homicídio" são a viúva do ex-líder político, Gilvanete Vidal de Negreiros Asfora; o fotógrafo da Câmara Municipal de Campina Grande, Marcelo Marcos da Silva; e o caseiro João da Costa.
BIOGRAFIA - Nascido em Fortaleza, capital do Ceará, Raymundo Yasbeck Asfora veio para a Paraíba em 1942, aos 12 anos de idade, em companhia dos pais libaneses. Aos 18 anos, enagjou-se nos movimentos estudantis e começou a atuar na luta pela restauração do Grêmio Estudantil de Campina Grande, conquistando a construção da 'Casa do Estudante', que mais tarde seria nomeada 'Casa Félix Araújo'.

Cursou a Faculdade de Direito na cidade do Recife, em Pernambuco, retornando a Campina Grande no ano de 1952 para assumir a Secretaria de Serviço Social na gestão do então prefeito Severino Cabral. Em 1955, foi eleito vereador da cidade e mais tarde acabou se tornando líder da oposição ao prefeito Elpídio de Almeida.
Foi eleito deputado estadual em 1958. Em 1964 assumiu, como suplente, mandato na Câmara Federal de Deputados e posteriormente retornou à bancada em 1982. Em 1976, foi eleito vice-prefeito de Campina Grande na chapa com Enivaldo Ribeiro, cumprindo mandato de 1977 a 1982. No ano de 1986, aceitou a indicação do seu nome para vice-governador, sendo eleito junto com Tarcísio Burity em 15 de Novembro de 1986.

Além de jurista e político, Raymundo Asfora é coautor de uma das mais populares composições musicais da região, a música "Tropeiros da Borborema". Escrita em parceira com Rosil Cavalcante, a canção é considerada um hino não-oficial de Campina Grande.

NE10

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