quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cássio destaca importância que deve ser dada ao saneamento básico

Cássio destaca importância que deve ser dada ao saneamento básico
O Instituto Trata Brasil divulgou nesta terça o mais recente ranking de saneamento básico entre as 100 maiores cidades brasileiras. E mais uma vez Campina Grande e João Pessoa obtiveram destaque entre as cidades com os melhores índices de saneamento básico do Brasil, apesar da evidente queda em comparação com o ranking anterior.

No estudo divulgado em 2012 com os dados referentes ao ano de 2009, Campina Grande era o 24º município do ranking e João Pessoa ocupava a 44ª posição. Já no ranking divulgado nesta terça, 01, e referente até o ano de 2010, Campina Grande caiu para a 47ª e a capital para a 52ª colocação.

No ranking anterior, Campina ocupava a primeira posição dentre todas as cidades nordestinas pesquisadas e agora ficou em 4º, atrás de Fortaleza (CE) e Vitória da Conquista e Salvador na Bahia. João Pessoa ocupa agora a 5ª posição no nordeste, antes era a sexta.

Segundo o senador Cássio Cunha Lima, saneamento básico tem que ser uma obra constante para qualquer governante e está claro que após a saída dele do governo em 2009, os investimentos no setor foram descontinuados o que resultou nesta queda abrupta no ranking nacional de saneamento das nossas duas maiores cidades.

O estudo exclusivo do Instituto Trata Brasil, “Ranking do Saneamento”, é uma avaliação dos serviços de saneamento básico prestados nas 100 maiores cidades do País. O estudo revela a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros destas cidades.
A base de dados consultada foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado anualmente pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços nessas cidades. Os dados consultados são de 2010.

O estudo tem como objetivo mostrar a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades e valorizar os esforços das cidades mais bem posicionadas, além de incentivar as demais a evoluir para que a população tenha melhor qualidade de vida. Busca também conscientizar e estimular envolvimento da sociedade na cobrança pela priorização do saneamento

Para o senador Cássio Cunha Lima estes dados comprovam que programas como o Boa Nova, responsável por praticamente duplicar o atendimento em saneamento nas cidades paraibanas, foram imprescindíveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, por cuidarem de questão básicas que são ligadas diretamente à saúde pública.

Conforme o senador, João Pessoa teve dobrada entre 2003 e 2009 o seu índice de saneamento e Campina Grande, que sempre teve atenção especial nesta essencial política pública desde quando Ronaldo Cunha Lima e ele próprio foram prefeitos da cidade, deverá voltar a melhorar no ranking quando a nova estação de tratamento de esgoto, também estiver em pleno funcionamento. A obra, já concluída, deverá ser inaugurada em breve pelo governador Ricardo Coutinho. “Sempre disse e repito que é preferível enterrar canos a sepultar crianças”, declarou o senador alertando que um dos principais fatores que reduzem a mortalidade infantil é justamente o saneamento básico.

Cássio lembrou ainda que outro importante item que integra a pontuação que compõe o ranking é o abastecimento de água e as duas adutoras que foram iniciadas ainda em 2008, tanto em João Pessoa como em Campina Grande, quando concluídas, também irão alavancar as duas cidades neste estudo. Tanto a adutora Translitorânea em João Pessoa, batizada inicialmente de Adutora Abiaí - Papocas, quanto a adutora São José, em Campina Grande, foram projetadas para resolver o abastecimento de água das regiões metropolitanas das duas cidades por pelo menos 20 anos.

Saneamento e a sua importância para a saúde pública

O Trata Brasil alerta que por ano, 217 mil trabalhadores precisam se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta de saneamento. A cada afastamento perdem-se 17 horas de trabalho. A probabilidade de uma pessoa com acesso a rede de esgoto faltar as suas atividades normais por diarréia é 19,2% menor que uma pessoa que não tem acesso à rede.

Considerando o valor médio da hora de trabalho no País de R$ 5,70 e apenas os afastamentos provocados apenas pela falta de saneamento básico, os custos chegam a R$ 238 milhões por ano em horas-pagas e não trabalhadas.

De acordo com o DATASUS, em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. Cada internação custa, em média R$ 350,00. Com o acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e de 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.

Já a diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso ao saneamento básico é de 18%.

Os investimentos realizados nos últimos anos estão muito aquém das necessidades para alcançarmos a universalização dos serviços no prazo previsto pelo Governo Federal, através do PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico – que é o de 2030, porém, se os investimentos em saneamento continuarem no mesmo ritmo, apenas em 2122 todos os brasileiros teriam acesso a esse serviço básico.

Cada 1 milhão investido em obas de esgoto sanitário gera 30 empregos diretos e 20 indiretos, além dos permanentes quando o sistema entra em operação. Com o investimento de R$ 11 bilhões por ano reivindicado pelo setor de saneamento, calcula-se que sejam gerados 550 mil novos empregos no mesmo período;

O Trata Brasil informou que ao ter acesso à rede de esgoto, um trabalhador aumenta a sua produtividade em 13,3%, permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. Com a universalização do acesso a rede de esgoto, a estimativa é que a massa de salários, que hoje gira em torno de R$ 1,1 trilhão, se eleve em 3,8%, provocando um aumento na renda de R$ 41,5 bilhões por ano, e ainda pode proporcionar uma valorização média de até 18% no valor dos imóveis.

INSTITUTO TRATA BRASIL

O Instituto Trata Brasil é uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - que tem como objetivo coordenar uma ampla mobilização nacional para que o País possa atingir a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.



Assessoria

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