quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Senadores dos EUA chegam a acordo sobre teto da dívida

Texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado. Prazo para evitar calote da dívida termina à 0h desta quinta-feira (17).

Faltando poucas horas para o fim do prazo, os senadores republicanos e democratas dos Estados Unidos alcançaram um acordo para reabrir os serviços públicos federais e elevar o teto da dívida do país, evitando um calote nas contas públicas.
O prazo para aprovar esse aumento acaba à 0h desta quinta-feira (17). O texto ainda precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado, e ser sancionado pelo presidente Barack Obama.
O acordo foi anunciado no plenário do Senado dos EUA pelo líder da maioria, o democrata Harry Reid. Segundo o senador, o texto prevê a elevação do teto da dívida do país até pelo menos o próximo dia 7 de fevereiro, e a reabertura do governo até 15 de janeiro.
"Não é hora de ficar apontando dedos, é hora de reconciliação", disse Reid.
A discussão do acordo foi retomada na noite de terça-feira (15), após as tentativas da Câmara dos Deputados falharem.
O senador republicano Ted Cruz, um dos principais opositores do governo federal, afirmou que não irá bloquear a votação do acordo no Senado.
Obama deverá se encontrar com o secretário do Tesouro, Jack Lew, nesta quarta, perto das 13h30 (horário de Brasília).
Sem um acordo, o Tesouro norte-americano ficará sem caixa para pagar suas dívidas com credores (juros de títulos), bem como benefícios sociais e corre o risco de dar calote - o que seria um fato histórico.
Em maio deste ano, os Estados Unidos atingiram o limite seu limite de endividamento, US$ 16,699 trilhões, mas avisou que, até o dia 17 de outubro teria "recursos extraordinários" para continuar pagando suas contas.
Em meio ao caos, a agência Fitch Ratings alertou que pode reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA, citando como motivo a provocação política sobre a elevação do teto da dívida federal. De acordo com a agência, os Estados Unidos ainda teriam capacidade de fazer pagamento por apenas mais uns dias depois do dia 17 de outubro.
O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o líder republicano, Mitch McConnell, tentavam discutir maneiras de evitar obstáculos processuais que poderiam retardar a medida, disse à CNN a senadora democrata Heidi Heitkamp.
O acordo vindo do Senado serviria para financiar o governo até 15 de janeiro de 2014 e suspender o teto da dívida até 7 de fevereiro de 2014. O Departamento do Tesouro poderia usar as chamadas medidas extraordinárias para atrasar o default - jargão para calote no mercado financeiro - por mais um mês.
Andamento
O Senado dos Estados Unidos fará um último esforço nesta quarta-feira para evitar um lapso histórico na capacidade de endividamento do governo.
Depois de um dia de negociações complicadas, os líderes democrata e republicano no Senado disseram estar perto de chegar a um acordo sobre uma proposta para elevar o limite da dívida - e reabrir o governo parcialmente fechado - que será levada ao plenário da Casa nesta quarta-feira.
O destino do projeto permanece incerto na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, que fracassou duas vezes na terça-feira em tentativas de produzir um plano próprio.
O Senado tem sessão marcada para as 13h (horário de Brasília) desta quarta, e a Câmara para as 11h.
Com o limite de empréstimo do governo previsto para ser esgotado na quinta-feira, o líder da maioria do Senado, o democrata Harry Reid, e o líder republicano na Casa, Mitch McConnell, "estão muito perto" de um acordo, disse o deputado Chris Van Hollen, do Partido Democrata, à MSNBC na terça-feira à noite.
O senador democrata Heidi Heitkamp disse à CNN que o acordo "está de volta aos trilhos", após um dia de acontecimentos caóticos, que elevaram a tensão de muitos membros do Congresso e dos mercados financeiros globais.
Após semanas de disputas entre democratas e republicanos, a paralisação de agências federais e bastante turbulência para os mercados, o acordo em discussão --se eventualmente, promulgado-- daria ao presidente Barack Obama o que ele exige há meses: um aumento do limite da dívida e a aprovação da lei de financiamento do governo.
O acordo estenderia a capacidade de empréstimos dos EUA até 7 de fevereiro, embora o Departamento do Tesouro tenha ferramentas para prolongar temporariamente sua capacidade de endividamento para além dessa data, se o Congresso não agir no início do próximo ano.
O projeto também financia agências do governo até 15 de janeiro, pondo fim a uma paralisação parcial que começou com o novo ano fiscal, em 1º de outubro.
G1
WSCOM Online

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