segunda-feira, 9 de junho de 2014

Diminuição no tamanho da bancada e aumento do coeficiente eleitoral afastam deputado federal de Ricardo Coutinho

Diminuição no tamanho da bancada e aumento do coeficiente eleitoral afastam deputado federal de Ricardo Coutinho
A iminente possibilidade de perda de duas cadeiras por parte da bancada federal paraibana está literalmente tirando o sono do deputado federal Damião Feliciano (PDT) que está bastante preocupado com o seu futuro, pois pode sobrar na curva e ser ‘guilhotinado’ em face do conseqüente aumento do coeficiente eleitoral.

Tido como a segunda força na base do governador Ricardo Coutinho (PSB), o ‘Coração’ sabe que dificilmente conseguirá ultrapassar a votação de Efraim Filho (DEM) e caso o STF determine pela redução no número de cadeira, as perspectivas da coligação é de com muito sacrifício atingir os duzentos mil votos, coeficiente estipulado para a abertura da primeira vaga.

Lutando pela sua pele, Damião já iniciou diálogos com o grupo de senador Cássio Cunha Lima (PSDB), pois sabe que com a adesão de Benjamin Maranhão (Solidariedade) e a vinda de Leonardo Gadelha (PSC), a coligação tucana ampliaria a sua força e a disputa para o Doutor Damião seria parelha com concorrentes de mesma densidade eleitoral.

“Damião está entre a cruz e a espada e zerou o jogo visando às eleições 2014, o apoio dele a Ricardo não está tão assegurado assim”, contou um deputado federal que pediu anonimato.É válido lembrar que Damião Feliciano tem um afilhado na gestão socialista: o seu filho Renato Feliciano (PDT) que atualmente ocupa a secretaria de Turismo da Paraíba. Tentando melhorar a situação das eleições proporcionais, o grupo de Ricardo Coutinho já iniciou diálogos com o deputado federal Wellington Roberto (PR).

ENTENDA: O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará no próximo dia 11 as ações que contestam a resolução da Justiça Eleitoral que mudou o tamanho das bancadas de 13 estados na Câmara dos Deputados. Foram pautadas ações diretas de inconstitucionalidade protocoladas no ano passado pelas Assembléias legislativas de Pernambuco, do Piauí e de Santa Catarina, e pelos estados do Espírito Santo, da Paraíba, do Piauí e Paraná.

A polêmica sobre a mudança na composição das bancadas na Câmara começou após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definida em abril do ano passado, ao julgar um recurso apresentado pela Assembleia Legislativa do Amazonas. A Casa alegou que a representação populacional do estado na Câmara não condizia com a realidade, pois tinha como referência um censo defasado. Sustentou ainda que estados com menor população, como Alagoas e o Piauí, tinham mais representatividade na Câmara - com nove e dez deputados federais, contra oito do Amazonas.

Conforme a decisão original do tribunal, perderão uma cadeira os estados de Alagoas e Pernambuco; do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ficarão sem duas cadeiras a Paraíba e o Piauí. Ganharão uma cadeira o Amazonas e Santa Catarina; duas cadeiras, o Ceará e Minas Gerais. O maior beneficiado é o Pará, que terá mais quatro deputados.

A nova composição das bancadas foi definida de acordo com o Censo de 2010. Os cálculos levam em conta a população do estado e a quantidade mínima (8) e máxima (70) de parlamentares permitidos por lei para uma unidade da Federação, além do quesito de proporcionalidade exigido pela Constituição.

Henrique Lima 

PB Agora

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