Começa a valer nesta quarta-feira (1º) a obrigatoriedade de que todos os carros novos no Brasil tenham airbag e freios ABS. A medida vale para os zero quilômetro fabricados a partir deste ano, porém continua permitida a circulação de carros de outros anos que não possuam os equipamentos.Automóveis novos deverão sair de fábrica com airbag duplo frontal (um para o motorista e outro para o ocupante do banco da frente) e o sistema de freios ABS, que evita o travamento das rodas em frenagem mais brusca. Esses itens não poderão ser vendidos como opcionais, quando se paga uma quantia a mais para tê-los.Podem ser vendidos à parte outros tipos de airbag, como de cortina, de joelho, etc.
A medida era prevista desde 2009 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Desde 2010, o percentual de carros novos que deveriam ter esses itens aumentou gradualmente até chegar aos 100% neste ano. Em dezembro passado, foi cogitada a possibilidade de adiar a obrigatoriedade para 100% dos carros em 2014, mas o governo voltou atrás.
A lei põe fim a modelos que não tinham como receber airbag e o ABS ou cujo preço mudaria muito com a inclusão desses itens: é o caso da Kombi e do Gol G4 (antiga geração), da Volkswagen, e do Fiat Mille (antigo Uno). O Gol G4 deverá ser substituído pelo Up!, a ser lançado no início do ano. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o preço dos carros
populares deverá subir de 4% a 8%, como repasse dos custos de inclusão de airbag e ABS.
A associação das montadoras (Anfavea) estimou, em meados de dezembro, que o custo da instalação dos equipamentos seria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil nos carros que ainda não possuíam os itens.
Até o dia 20 de dezembro último, quando a exigência de airbag e ABS era válida para 60% dos carros novos, os sites das marcas mostravam 4 modelos que não ofereciam airbag e ABS nem como opcionais entre os 50 mais vendidos. E também diversas versões de modelos até mais caros que também saíam de fábrica sem os dispositivos.
Além do airbag e do ABS, o preço dos carros deverá subir em 2014 com o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), também a partir deste mês.
G1
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