segunda-feira, 1 de abril de 2013

Bombas nuclares são a vida da Coreia do Norte


O comunicado afirma que as ogivas não são produtos por meios dos quais é possível obter dólares americanos ou barganhas políticas e que o regime irá se empenhar em melhorar a economia

Exército da Coreia do Norte
Exército da Coreia do Norte
 Um dos principais órgãos de decisão da Coreia do Norte informou em comunicado, nesta domingo (31), considerar que armas nucleares são a vida do país e não podem ser trocadas nem por bilhões de dólares. O texto, que foi divulgado pela agência de notícias Associated Press, reforça a retórica belicista do país, um dos mais isolados do mundo, contra a vizinha Coreia do Sul e o principal aliado dela, os EUA. 
O comunicado afirma que as ogivas não são produtos por meios dos quais é possível obter dólares americanos ou barganhas políticas e que o regime irá se empenhar em melhorar a economia. Conforme a Associated Press, o texto foi divulgado após uma reunião plenária da comissão central do regime da qual participou o ditador Kim Jong-un. Especialistas afirmam que Kim teme que o país aceite negociar o desarmamento nuclear em troca de ajuda econômica. 
Na abertura da plenária, Kim defendera a ampliação “quantitativa e qualitativa” de seu arsenal nuclear para fazer frente aos EUA. O norte-coreano prometeu promover a economia e o desenvolvimento do potencial nuclear “de maneira simultânea”. 
No último sábado, Pyongyang anunciou que está em “estado de guerra” com a Coreia do Sul e que negocia todos os temas entre os países com base nessa condição -as Coreias estão tecnicamente em guerra desde 1950, já que não houve um tratado de paz encerrando a Guerra da Coreia, apenas um armistício, em 1953. No mesmo dia, o regime comunista ameaçou fechar uma importante zona econômica operada em conjunto com o Sul -o complexo industrial de Kaesong- que continua funcionando mesmo após o corte de canais de comunicação entre os dois países. 

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