A revista “Time”, dos Estados Unidos, incluiu o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, na lista anual das 100 pessoas mais influentes do mundo. Para revista, o presidente do Supremo “simboliza a promessa de um novo Brasil” comprometido com a diversidade cultural e com a igualdade. A revista também destaca a trajetória de Barbosa, da infância pobre no interior de Minas Gerais até o maior cargo do judiciário brasileiro – que já foi tema de uma reportagem de capa de VEJA, citada pela Time.A publicação menciona o fato de Joaquim Barbosa ser o primeiro negro a chegar a presidência da mais alta Corte e destaca a importância de sua atuação no cargo, e destaca ainda que Barbosa buscou na educação o meio de escapar da pobreza. Na lista de 2013, divulgada hoje, não consta a presidente brasileira Dilma Rousseff, que esteve presente nas edições de 2011 e 2012.Quem assina o texto sobre Barbosa é Sarah Cleveland, professora de Direito da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, onde Barbosa é professor visitante. Ela exemplifica a popularidade de Barbosa no Brasil com o episódio das máscaras de carnaval com o rosto do presidente do STF. “A máscara de carnaval mais popular no Brasil neste ano não foi a de nenhum jogador de futebol ou pop star. Foi a de Joaquim Benedito Barbosa Gomes”.Barbosa entrou na lista por ser o primeiro negro a ocupar a cadeira da presidência do Supremo e por sua atuação no julgamento do mensalão, considerado o “maior julgamento de corrupção política" do Brasil, segundo a Time. O texto destaca que, mesmo tendo sido indicado para o STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa não poupou no julgamento pessoas muito próximas do petista, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
“Os brasileiros escolheram a máscara de Barbosa como um sinal de honra”, diz Sarah em seu texto. “No país que mais importou escravos em toda a América e onde metade dos 195 milhões de habitantes se identificam como negros ou mestiços, ele simboliza a promessa de um novo Brasil comprometido com o multiculturalismo e a igualdade”.PB Agora
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