Para completar a conta, o Brasil ainda perde pontos por enfrentar rivais que não são da América do Sul ou da Europa. O último fato da conta leva em consideração justamente as confederações das equipes. Cada continente tem um fator e, na conta, é feita uma média dos fatores das equipes envolvidas. Como as equipes asiáticas tem fator 0,86, enfrentar o Japão faz com que a seleção brasileira perca pontos nas contas finais.
Isso tudo faz com que uma vitória da Espanha sobre a Geórgia valha mais que um triunfo brasileiro sobre o Japão (855 a 494), mesmo que os nipônicos estejam 42 posições a frente que os georgianos no ranking da Fifa.
Para piorar mais ainda, o Brasil vai perder os pontos relativos a outubro de 2008, que entram na conta com peso de 20%. Na época, a seleção comandada por Dunga podia até não convencer, mas conquistava pontos importantes para o ranking porque disputava as eliminatórias para a Copa. Desta vez, serão descartados os pontos referentes a uma vitória sobre a Venezuela e a um empate com a Colômbia.
Com todas as contas, se ganhar do Japão, o Brasil vai atingir 994 pontos na próxima lista divulgada pela Fifa, sete a menos do que já possui hoje. Sem empatar, o número cai para 969. Se perder, a seleção terá 956 pontos no próximo ranking. Atual 20º colocado, o Equador é um dos que deve passar o time de Mano Menezes: vai a 1032 pontos se bater a Venezuela.
Time remendado Em campo, Mano Menezes vai encontrar dificuldades. O técnico tem problemas nas duas laterais e ainda ganhou uma baixa de última hora no meio de campo. Daniel Alves e Alex Sandro foram cortados ainda antes do jogo contra o Iraque. Na partida, o treinador ainda perdeu Marcelo, lesionado. Ramires completa a lista de desfalque depois de sentir uma indisposição estomacal.
Com isso, Mano formará a equipe com Adriano na direita, Sandro no meio de campo e ainda esconde quem vai improvisar na esquerda. Há duas possibilidades: o zagueiro Leandro Castán e o meia Thiago Neves. Em princípio, o ex-corintiano parece ter saído em vantagem na disputa por ter uma experiência maior no setor.
Do meio para frente, a formação foi mantida. Após funcionar perfeitamente na goleada por 6 a 0 sobre o Iraque, o quarteto Kaká, Oscar, Neymar e Hulk vão para o segundo teste. Assim, o Brasil que enfrentará o Japão deve ter Diego Alves; Adriano, David Luiz, Thiago Silva e Leandro Castán (Thiago Neves); Sandro, Paulinho, Kaká e Oscar; Neymar e Hulk.
Do outro lado de campo, o Japão promete ser um rival mais poderoso que os últimos que estiveram no caminho do Brasil. Os nipônicos vêm de uma vitória que colocou fim na invencibilidade de 14 jogos em casa da França. Além disso, lideram com folga a chave nas eliminatórias asiáticas e têm praticamente a classificação assegurada para
"Desta vez, vamos enfrentar um time mais forte. O Japão tem um sistema de marcação muito sólido e é veloz. Não podemos oferecer o contra-ataque para evitar correr sérios riscos. Além disso, teremos que nos movimentar muito na frente", analisou o volante Ramires. "O Japão tem um futebol moderno e costuma exigir muito dos seus adversários. Contra a França, eles deram bastante trabalho e ganharam o jogo. Vamos precisar ter muita atenção", completou Mano Menezes.
FICHA TÉCNICA JAPÃO X BRASILLocal: Estádio Miejski, em Wroclaw (Polônia)
Data: 16 de outubro de 2012, terça-feira
Horário: 9h10 (de Brasília)
JAPÃO: Kawashima, Sakai, Yoshida, Konno e Nagatomo; Endo, Hasebe, Kiyotake, Kagawa e Nakamura; Havenaar. Técnico: Alberto Zaccheroni
BRASIL: Diego Alves, Adriano, David Luiz, Thiago Silva e Leandro Castán (Thiago Neves); Paulinho, Sandro (Ramires), Oscar e Kaká; Neymar e Hulk. Técnico: Mano Menezes
MSN
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