— Me mudei em julho, depois que perdi o meu marido. Só voltei ao endereço antigo na semana passada para buscar as correspondências. Fui surpreendida por este absurdo. Nunca comprei esse telefone — contou Camila.
Dados são idênticos
— Só mudaram a data de nascimento para 1983 no contrato firmado com a Vivo. Mas as demais informações são todas da minha filha. Inclusive o nosso endereço antigo — afirmou a mãe.
Depois de tentar, sem sucesso, um acordo com a Vivo por telefone, Camila procurou a Justiça:
— Tentei explicar ao atendente a situação absurda. Mas ouvi apenas que tinha que pagar a dívida. Minha filha, que ficou órfã tão cedo, está com o nome sujo antes mesmo de aprender a falar — desabafou Camila.
Pedido de indenização
Na semana passada, Camila esteve no Serasa de Nova Iguaçu para conferir se o nome da filha continuava na lista de devedores.
— O curioso é que eu e meu marido falecido jamais tivemos um telefone da Vivo. Como sabiam, inclusive, o nosso endereço? — questionou a mãe.
O advogado da família, João de Barros, tem duas possibilidades para o uso do CPF de Ana Clara: — Alguém pode ter clonado o documento. Ou o próprio funcionário de uma das lojas conveniadas pode ter retirado o celular com o número dela, já que há empresas especializadas na venda de CPF pela internet — afirmou o advogado.
João de Barros disse que a ação na Justiça, em defesa de Camila e sua filha, pede o cancelamento do contrato e uma indenização por danos morais.
— Jamais vi algo parecido. O SPC e a Serasa não têm culpa, pois quem indica o devedor é a empresa, que é também quem avisa quando há um erro — disse Barros.
EXTRA
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