No ano passado, nove mortes por conta da dengue foram registrados no estado.
A Secretaria Estadual de Saúde (SEE) confirmou mais um caso de morte por dengue no boletim divulgado nesta terça-feira (16). Com este, sobe para oito o número de pessoas mortas pela doença em 2012 na Paraíba. No ano passado, nove mortes por conta da dengue foram registrados no estado.
Segundo o boletim, no período de 1º de janeiro a 6 de outubro deste ano, foram registradas 10.913 notificações de dengue em 181 municípios paraibanos. Desse total, 2.278 foram descartados e outros 5.456 classificados como dengue clássica. Também foram confirmados 152 casos graves de dengue, sendo 40 casos de febre hemorrágica da dengue (FHD) e 112 de dengue com complicação (DCC). Os demais casos ainda estão sob investigação.
Do total de casos graves, 94 ocorreram em João Pessoa, seis em Guarabira, seis em Teixeira, quatro em Bayeux, quatro em Cabedelo, quatro em Patos, três em Itabaiana, três em Uiraúna, e os demais em 21 municípios. Em relação ao número de óbitos por dengue, foram confirmados oito casos, sendo cinco em João Pessoa, um em Bayeux, um em Itabaiana e um em Patos.
A análise técnica do boletim demonstra que 92 municípios da Paraíba possuem baixa incidência, ou seja, abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes. Em outros 50 municípios há uma média incidência, entre 100 a 300 casos por 100 mil habitantes; enquanto em 49 municípios paraibanos não há casos de dengue confirmados. A alta incidência de dengue, caracterizada com mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes, só ocorre em 32 municípios da Paraíba.
Em 42 municípios da Paraíba, ainda não foram notificados casos suspeitos da doença: Algodão de Jandaíra, Amparo, Barra de São Miguel, Belém de Brejo do Cruz, Boa Ventura, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Borborema, Cajazeirinhas, Capim, Carrapateira, Coxixola, Curral de Cima, Curral Velho, Frei Martinho, Ibiara, Igaracy, Junco do Seridó, Livramento, Marcação, Monte Horebe, Mulungu, Nova Floresta, Ouro Velho, Pedro Régis, Pilões, Puxinanã, Riacho de Santo Antônio, Riacho do Poço, Santa Helena, São Bento de Pombal, São Domingos de Pombal, São Domingos do Cariri, São José da Lagoa Tapada, São José de Caiana, São José dos Cordeiros, Seridó, Serraria, Sossego, Tacima, Triunfo e Umbuzeiro.
As maiores incidências de casos de dengue foram registradas entre as mulheres na faixa etária de 20 a 49 anos e crianças menores de um ano de idade, com taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes. Enquanto que nos homens da mesma faixa etária, foram verificadas taxas com pouco mais de 200 casos por 100 mil habitantes. No balanço geral, o risco das mulheres contraírem a doença foi 44% maior em relação aos homens.
Notificação – A gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, enfatizou mais uma vez a importância da notificação de todos os casos suspeitos de dengue para que a política de controle e as ações de contenção sejam cada vez mais eficazes. “Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos sintomas, como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias, é um caso suspeito de dengue e deverá ser abordado como tal”, afirmou.
As notificações encaminhadas à vigilância epidemiológica de cada município são analisadas, a fim de direcionar as ações de controle, como as visitas aos domicílios e a pulverização de inseticida. Tais medidas visam à eliminação dos mosquitos infectados e, consequentemente, buscam evitar o surgimento de epidemias.
A análise dos dados encaminhados também permite uma definição do perfil dos pacientes acometidos pela doença, além da percepção da necessidade adicional de compra de insumos e de contratação de recursos humanos para atender a demanda verificada de forma adequada.
Ainda de acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, o envio das informações por parte dos municípios influi diretamente na construção dos boletins epidemiológicos. “O atraso ou qualquer outro problema na chegada dos dados pode provocar alterações nos números de notificações e nas demais informações divulgadas em cada semana epidemiológica”, esclareceu.
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