Um professor de sociologia sueco indicou Edward Snowden, o ex-analista da CIA responsável pelo vazamento de informações sobre programas de espionagem dos EUA, para o Prêmio Nobel da Paz, em carta endereçada ao comitê organizador e publicada no jornal Västerbottens-Kuriren, da Suécia.
Na carta, Stefan Svallfors escreveu que "Edward Snowden - num esforço heróico com altos custos pessoais - revelou a existência e a dimensão da vigilância que o governo dos EUA dedica às comunicações eletrônicas em todo o mundo, em violação das leis nacionais e dos acordos internacionais". Para o professor, essa ação “ajudou a tornar o mundo um pouco melhor e mais seguro”.
Svallfors diz ainda que o exemplo de Snowden é importante porque “desde os julgamentos de Nuremberg, em 1945, ficou claro que o slogan ‘eu só estava cumprindo ordens’ não pode ser usado como uma desculpa para atos contrários aos direitos e às liberdades humanas”.
Ele enfatizou ainda que a decisão de dar o prêmio ao norte-americano neste ano “ajudaria a salvar o Prêmio Nobel da Paz do descrédito em que incorreu pela decisão precipitada e mal concebida de atribuir ao presidente dos EUA, Barack Obama, o prêmio em 2009".
Na carta, Stefan Svallfors escreveu que "Edward Snowden - num esforço heróico com altos custos pessoais - revelou a existência e a dimensão da vigilância que o governo dos EUA dedica às comunicações eletrônicas em todo o mundo, em violação das leis nacionais e dos acordos internacionais". Para o professor, essa ação “ajudou a tornar o mundo um pouco melhor e mais seguro”.
Svallfors diz ainda que o exemplo de Snowden é importante porque “desde os julgamentos de Nuremberg, em 1945, ficou claro que o slogan ‘eu só estava cumprindo ordens’ não pode ser usado como uma desculpa para atos contrários aos direitos e às liberdades humanas”.
Ele enfatizou ainda que a decisão de dar o prêmio ao norte-americano neste ano “ajudaria a salvar o Prêmio Nobel da Paz do descrédito em que incorreu pela decisão precipitada e mal concebida de atribuir ao presidente dos EUA, Barack Obama, o prêmio em 2009".
Indicação não deve ser considerada Entretanto, para Kristian Berg Harpviken, pesquisador sênior e vice-diretor do PRIO (Instituto Internacional de Pesquisa de Paz de Oslo, na sigla em inglês), é muito improvável que Snowden seja escolhido como vencedor do prêmio, segundo a agência de notícias Interfax.
De acordo com Harpviken, os prazos para inscrições de candidatos já passaram, o que significa que Snowden tem poucas chances de ser considerado nas listas finais. No entanto, quando questionado sobre se o norte-americano merece o prêmio, o professor respondeu com um “cuidadoso sim”.
Espera-se que a nomeação de Edward Snowden seja considerada para o prêmio do próximo ano, uma vez que as indicações de candidatos, restritas a um seleto grupo no qual se inclui Svallfors, devem ser feitas no máximo até o dia 1º de fevereiro. As indicações feitas após esse prazo geralmente são incluídas na competição do ano seguinte. Se o ex-analista da CIA, de 30 anos, for o vencedor, ele será a pessoa mais jovem da história a ganhar um Prêmio Nobel da Paz.
Já o deputado russo Alexei Pushkov escreveu no Twitter que “nem em um milhão de anos os Estados Unidos vão permitir que Snowden ganhe o Nobel da Paz. Mas a indicação dele é significativa. Muitos no Ocidente o veem como um campeão da democracia”.
Durante seu encontro com ativistas de direitos humanos e advogados no aeroporto de Sheremetievo na última sexta-feira (12/07), Snowden afirmou que fez o que achava ser certo e começou “uma campanha para corrigir essas transgressões”. Ele também disse não se arrepender de sua decisão.
Outros envolvidos em casos de vazamento de informações já foram indicados ao Prêmio Nobel da Paz no passado. Bradley Manning, o soldado norte-americano acusado de repassar material secreto do Exército dos EUA para o Wikileaks, foi nomeado no ano passado. Já Julian Assange, fundador do Wikileaks e abrigado na embaixada do Equador em Londres há mais de um ano, foi indicado em 2011. Nenhum dos dois foi escolhido, entretanto.
OperaMundi
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