Decisão pode encerrar quase três anos de estagnação diplomática entre israelenses e palestinos
O gabinete de Israel aprovou neste domingo (28) a libertação de 104 prisioneiros árabes, a fim de ajudar a reiniciar as negociações de paz com os palestinos e encerrar quase três anos de estagnação diplomática.
Treze ministros do gabinete de coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu votaram a favor da liberação, sete votaram contra e dois se abstiveram, segundo um funcionário do governo. "O gabinete autorizou a abertura de negociações diplomáticas entre Israel e os palestinos ", disse um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro.
Netanyahu já havia conversado com direitistas divididos em seu gabinete sobre apoiar a libertação de prisioneiros. Ele ainda adiou a reunião semanal dos ministros em uma hora para garantir uma maioria de votos a favor.
"Este momento não é fácil para mim, não é fácil para o gabinete de ministros, e não é fácil, especialmente, para as famílias em luto, cujos sentimentos eu entendo", disse Netanyahu no início da reunião, referindo-se às famílias que perderam membros em ataques de militantes. "Mas há momentos em que decisões difíceis devem ser tomadas para o bem da nação, e este é um deles", conclui.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, exigiu a libertação de prisioneiros detidos desde antes de um acordo de paz provisório de 1993 entrar em vigor. Israel prendeu milhares palestinos desde então, muitos por terem realizado ataques mortais.
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