sexta-feira, 5 de julho de 2013

Eike Batista perde 91% de toda sua fortuna

Eike Batista
De um pico de US$ 34,3 bilhões em março do ano passado para um patrimônio de US$ 2,9 bilhões, o empresário brasileiro Eike Batista perdeu 91,6% de sua fortuna, segundo números da agência de notícias “Bloomberg” divulgados ontem.

O bilionário brasileiro perdeu mais de um quarto de sua fortuna após oferecer garantias pessoais de R$ 2,3 bilhões para assegurar empréstimos às suas empresas, que totalizam R$ 10,4 bilhões, e estão sendo tomados com o BNDES desde 2007.
Mesmo que consiga liquidar suas dívidas e vender os ativos e participações nas empresas do grupo EBX, Eike ainda assim continuaria bilionário, segundo o jornal Valor Econômico.
Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015, mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.
De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas. As ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.
Sem ajuda
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, afirmou ontem que o governo não precisará socorrer as empresas do empresário Eike Batista, que vivem uma crise de confiança no mercado financeiro.
“Não precisa [de socorro do governo]. Ele tem ativos muito valiosos”, afirmou, ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de ajuda antes de participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Os representantes de Eike Batista estão recorrendo aos bancos na tentativa de renegociar as dívidas de curto prazo do grupo EBX, que chegam a R$ 7,9 bilhões, conforme levantamento feito pela Folha de São Paulo, com dados dos balanços das empresas do primeiro trimestre.
As operações contratadas pelo grupo junto ao BNDES somam R$ 10,4 bilhões.
Ontem, Eike renunciou ao cargo de presidente do conselho da empresa de energia MPX. Sua saída foi o primeiro passo do plano de uma reestruturação em curso para o grupo.
A estratégia é vender ativos e, com esses recursos, pagar os maiores credores: Itaú, Bradesco e o fundo árabe Mubadala.

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