Francisco Cosme da Silva, mais conhecido por Chico Carlo, nascido em Alagoa Grande, e criado no sitio Seridozinho município de Juazeirinho, hoje pertencente a Tenório.
Seu Chico ,completou na ultima segunda feira dia 05, mais um ano de vida, e pediu aos filhos e em especial a dona Mercês sua filha, com quem mora em Juazeirinho a muitos anos, que não fizessem festa para ele, pois ele estava de luto de um filho que faleceu meses atrás no Rio de Janeiro.
Seu Chico Carlos é filho de Cosme Francisco da Silva, natural de Alagoa Grande. O seu pai ficou viúvo e não sabia o que fazer para criar os filhos. Após a morte da esposa do pai de Seu Chico, ele fez uma viagem para o sertão levava o filho mais novo que tinha 5 anos, passou pelo sitio Seridozinho, onde passou a noite na companhia dele na fazenda Seridozinho.
O vaqueiro da fazenda por nome de Carlos Oliveira, gostou do menino e pediu que seu Cosme, pai de seu Chico Carlos , deixasse o menino e o pegasse na volta. Essa foi a ultima vez que Seu Chico Carlos viu o Pai. Que seguiu viagem montado em um burro, e nunca mais voltou para pegar o filho.
Criado pelo vaqueiro Carlos Oliveira, também se tornou um bom vaqueiro e amansador de burro brado. Já adulto, foi trabalhar na construção da linha férrea da Paraíba e seguida na construção de estradas.
Convidado por amigos da família que o criou, foi trabalhar como Tropeiro, criou seus 5 filhos com o dinheiro do trabalho como Tropeiro, onde passou mais de 20 anos sendo tangedor de burros. Trabalho duro e perigoso, pois na época tinha ladrões que atacavam a tropa para roubar a carga e o dinheiro dos Tropeiros.
Transportando cereais em lombo de burros, entre as cidades do brejo para o cariri, curimatau e sertão. Ele chega aos 107 anos, sem nenhum problema de saúde grave, a sua dificuldade é não poder ver, já que ficou sego na década de 70 por causa de galcloma. Mais, não é nenhum impedimento para ele executar as atividades cotidianas, como tomar banho, almoçar, tirar a barba e ir ao banheiro. Todas estas tarefas ele faz sozinho.
Com boa memória e bom humor, ele se lembra de tudo que fez quando era criança e jovem. Das brincadeiras no sitio onde foi criado e das andanças com o pai,da aventuras que viveu ao longo de toda sua vida. Segundo ele sente muita saudade daquele tempo, que segui em comitivas por diversas cidades da região.
Os tropeiros da Região da época segundo seu Chico eram: Manoel Zuza, Hermínio Claudio, Hermínio Grande, Zé Claudio entre outros, eles faziam parte dos Tropeiros da Borborema . Eles levavam algodão e agave para Campina Grande e traziam, rapadura, Fumo, Café, Açúcar, entre outros produtos que eram encomendados por comerciantes e fazendeiros.
Seu Chico tem netos, bisnetos e tataranetos, a mais nova bisneta é Saphira , filha de seu neto Flavio.
Postado por: politicaenfoco/juaagora
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