quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PSB define Beto Albuquerque como vice de Marina.

Roberto Amaral afirma que comando do partido já acertou a indicação do deputado do RS.

BRASÍLIA, RECIFE e SÃO PAULO — A executiva do PSB de Pernambuco e os familiares de Eduardo Campos fecharam na tarde desta terça-feira o apoio à indicação do deputado Beto Albuquerque (RS), líder do PSB na Câmara, como candidato a vice na chapa de Marina Silva. O nome de Albuquerque foi oficializado na tarde desta terça-feira no Recife depois que o presidente do partido, Roberto Amaral, submeteu seu nome à Renata Campos, mulher de Eduardo Campos, morto num acidente de avião na semana passada. O parlamentar foi chamado na segunda-feira pelos dirigentes do partido no estado de Eduardo para discutir a viabilidade de sua candidatura.

Beto Albuquerque disputou a indicação de vice da chapa contra outros três pernambucanos: o deputado Danilo Cabral, o ex-deputado Maurício Rands e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho. Beto Albuquerque, Roberto Amaral e o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, estavam presentes na reunião. Com a divisão dos pernambucanos, a cúpula do partido reunida com Renata decidiu por Beto, que era candidato ao Senado do Rio Grande do Sul.
Na saída do encontro, no início da noite, Amaral afirmou que a chapa com Marina e Beto será levada amanhã para a reunião da Executiva:

— Essas consultas nos levam a anunciar, ressaltando que cabe à Executiva decidir, que será levada a proposta para a reunião de termos Marina candidata à Presidência e o deputado Beto Albuquerque a vice.

Desde sexta-feira, o nome de Beto passou a circular como uma opção dentro do PSB. Ele é candidato ao Senado no Rio Grande do Sul. Era um dos parlamentares mais ligados a Eduardo e foi um dos primeiros a defender a candidatura própria do partido à Presidência. 

Para viabilizar o projeto, Beto, que é presidente do PSB no Rio Grande do Sul, determinou a saída do partido do governo Tarso Genro (PT), criando uma situação inusitada: o vice-governador gaúcho, o pessebista Beto Grill, ficou praticamente sozinho na gestão petista.
A indicação de Beto será homologada na quarta-feira pela direção nacional do PSB. Pela manhã, os senadores do partido se reúnem para fechar posição, assim como a bancada de deputados.

Com a nova tarefa, Beto renunciará à candidatura de senador. O PSB gaúcho não deverá indicar substituto, devolvendo a vaga ao PMDB. Beto concorria na vaga do senador Pedro Simon (PMDB), que desistiu da reeleição e passou a apoiar o nome do deputado pessebista.

Pela noite, Roberto Amaral divulgou nota em que informa que Renata Campos dá o aval político para a chapa “Marina Silva/Beto Albuquerque”. No texto, Amaral afirma que a viúva “entende que a melhor opção partidária na triste circunstância imposta pela tragédia, é para o PSB e para a Coligação Unidos Pelo Brasil convidar os companheiros Marina Silva e Beto Albuquerque para liderar nossa chapa presidencial”. Segundo a nota, Renata “ainda comovida pelos apelos recebidos do partido e da população, comunica que declina do convite para integrar a chapa ocupando a vice”.

Amaral disse ainda que, além de Renata Campos, o comando do PSB já acertou a indicação de Beto Albuquerque. “Adianta esta presidência que as consultas já realizadas convergem nesta direção, tendência que apresentará oficialmente à Comissão Executiva Nacional”, em reunião a ser realizada nesta quarta-feira, às 15h, em Brasília.

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