Irmandade Muçulmana voltou a ser banida no Egito, mas continua a protestar contra saída de Morsi
Um tribunal no Egito condenou nesta segunda-feira 529 correligionários do ex-presidente Mohammed Morsi à pena de morte.
Morsi, líder do movimento islâmico Irmandade Muçulmana, foi o primeiro presidente eleito pelo voto livre e direto da história do Egito, após décadas de regime militar, mas acabou deposto em julho do ano passado.
As penas aos 529 condenados são por crimes variados - desde o assassinato de um policial a ataques a forças de segurança. Os condenados fazem parte de um grupo de 1,2 mil pessoas que está sendo julgado. Todos são simpatizantes de Morsi e da Irmandade Muçulmana - agremiação que voltou a ser banida no Egito.
Os réus faziam parte de um grupo de manifestantes envolvidos em confrontos com a polícia no sul do país - eles protestavam contra o desmantelamento de dois acampamentos de correligionários de Morsi que tinham sido desmantelados pela polícia no Cairo.
Os manifestantes no Cairo pediam o retorno de Morsi ao poder.
O tribunal da cidade de Minya, que fica ao sul da capital Cairo, apresentou a sentença após apenas duas sessões. Os advogados de defesa reclamaram que não tiveram oportunidade de apresentar seu caso, segundo a agência de notícias AP.
Desde julho do ano passado, as autoridades egípcias têm sido incisivas no combate aos correligionários de Morsi.
Milhares de pessoas foram presas, e centenas foram mortas.
BBC Brasil
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