Pontífice defendeu equilíbrio entre missões pastoral e política da Igreja.
O Papa Francisco disse que a religião tem o direito de expressar suas opiniões, mas não de "interferir espiritualmente" nas vidas de gays e lésbicas, segundo entrevista publicada nesta quinta-feira (19) em uma rede de revistas jesuítas.
"Uma pessoa uma vez me perguntou, de maneira provocadora, se eu aprovava a homossexualidade. Retruquei com outra questão: 'Quando Deus olha uma pessoa gay, ele endossa a existência dessa pessoa com amor, ou a rejeita e condena? Devemos sempre considerar a pessoa", disse.
O pontífice também dise que as mulheres devem exercer um "papel-chave" nas decisões da Igreja Católica e rebateu críticas de que ele deveria falar mais duramente contra o aborto e o casamento gay.
Se as lideranças católicas fracassarem em encontrar um "novo equilíbrio" entre suas missões pastoral e política, a fundação moral da Igreja vai "cair como um castelo de cartas", disse Francisco.
A entrevista é resultado de três encontros entre o Papa e o chefe da revista jesuíta italiana "La Civiltà Cattolica", frei Antonio Spadaro, em agosto, na Casa Santa Marta, residência do pontífice no Vaticano.
g1.
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