Cerca de 200 policiais militares e agentes penitenciários participam de uma operação pente fino no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, em João Pessoa, na manhã desta desta sexta-feira (1º). O pente fino acontece após a rebelião que durou 18 horas. O tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, gerente executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba (Seap), disse que a ação vai acontecer no pavilhão 2 do PB1, locais que ainda não foram inspecionados após o tumulto desta semana.
O gerente executivo do Seap não confirmou se vai haver transferência de detentos, mas a reportagem da TV Cabo Branco está na frente do presídio e constatou que no local há diversos carros de escolta policial e uma movimentação de viaturas entrando e saindo do presídio.
O diretor do Complexo PB1 e PB2, capitão Sérgio Fonseca, informou que os detentos destruíram três dos quatro pavilhões do local: “eles acabaram a parte interna, mas não conseguiram sair dos pavilhões”. O diretor disse ainda que os detentos ficaram abrigados na área de emergência do complexo.
Atualmente a penitenciária abriga cerca de 700 detentos. Durante a primeira operação pente fino após a rebelião, que aconteceu ainda na quarta-feira (30), a polícia apreendeu bananas de dinamite no PB1. As visitas previstas para acontecerem na sexta-feira (1º) e domingo (3) estão suspensas por tempo indeterminado no complexo.
Rebeliões
Por volta das 20h da terça-feira (29) detentos das penitenciárias Flósculo da Nóbrega e Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecidos como Roger e Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, iniciaram as rebeliões.No Complexo de Segurança Máxima PB1 e PB2 na noite da terça-feira os detentos atearam fogo em objetos, provavelmente, em colchões. Um dos detentos foi ferido com um tiro na cabeça e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma. Ele chegou em estado gravíssimo e morreu às 18h30 da quarta-feira (30) no hospital.
Já no presídio do Roger, na quarta-feira (30) os detentos também atearam fogo em áreas dos pavilhões. A Secretaria de Comunicação da Paraíba informou às 10h30 que a rebelião no Roger já havia sido contida, mas às 11h30 os detentos incendiaram mais objetos e barulho de tiro foi ouvido. De acordo com Josenildo Porto, diretor da penitenciária, os tiros foram disparados para que os detentos descessem do teto do presídio e são usadas armas não letais. Ele está negociando com os rebelados e o fogo foi controlado
Um comitê de negociações foi formado pelas Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária, para realizar as negociações com os detentos. Após 18 horas de tumulto as rebeliões foram controladas ainda na quarta-feira (30).
Motivos
O presidente da Ordem dos Advogados (OAB) do Brasil, seccional Paraíba, Odon Bezerra, afirmou que entrou em contato com os rebelados e eles apontaram dois possíveis motivos para os tumultos registrados nos presídios. Odon disse que os presidiários falaram que a briga entre duas facções criminosas deu início ao tumulto. Uma outra causa apontada pelo advogado, foi o atraso nos processos penais.
|
Nenhum comentário :
Postar um comentário