‘Arraiá Libertador’ anima detentas da Penitenciária Júlia Maranhão em João Pessoa
As 407 apenadas na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa, festejaram, na manhã desta quinta-feira (21), a segunda edição do “Arraiá Libertador”. Um grande pavilhão foi instalado no pátio da unidade prisional, dando espaço à apresentação de quadrilha junina liderada pelas presas, com direito ainda a trio de forró pé-de-serra, comidas típicas e sorteios de brindes.
A iniciativa partiu da diretoria do presídio e integra o conjunto de ações de ressocialização, que vem sendo empregado em todas as penitenciárias paraibanas, sob coordenação da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. A comemoração junina começou por volta das 10h, quando um trio de forró convidado – cujo sanfoneiro é marido de uma das detentas – colocou todos para dançar.
Instantes depois, teve início a apresentação da quadrilha junina, composta por 24 presas. De acordo com a diretora da unidade, Cinthya Alves, as próprias detentas se prontificaram em ensaiar a dança. “Desde maio elas começaram a se preparar, três vezes por semana, no pátio da penitenciária. Todos os passos foram criados por elas”, disse.
As faculdades Facene/Famene, que realizam um projeto de extensão com as detentas, foram parceiras da festa. As instituições de ensino providenciaram as roupas que elas utilizaram na quadrilha, além das comidas típicas. Muitos vestidos foram reformados pelas próprias apenadas, que pensaram em todos os detalhes da apresentação – inclusive o casamento encenado e a coroação da rainha do milho.
As detentas que não participaram da dança aproveitaram a festa e contribuíram com a quadrilha. Uma delas foi Aline Marques da Silva que, por se dedicar aos trabalhos como cabelereira dentro da unidade prisional, não teve tempo de participar dos ensaios. “Dancei no ano passado, mas este ano não consegui. Mesmo assim, ajudei as meninas a se arrumarem e maquiei quase todas elas”, revelou.
Ressocialização – Para a diretora do presídio, Cinthya Alves, a festa junina foi mais um momento de interação entre as detentas. “Isso propicia a integração e a valorização delas, fortalecendo o trabalho de ressocialização”, destacou.
Aline Marques – que foi presa por tráfico de drogas, quando transportava três quilos de crack – reconhece a importância da festa como um instrumento de transformação da realidade vivida dentro das celas.
“Em meio a grades, sofrimento, temos no arraiá um momento de descontração. Se não fosse pelo empenho da diretoria do presídio, esta seria uma data que passaria em branco para nós. Ficamos felizes, pois percebemos que estão nos olhando como seres humanos, que erraram, mas que agora podem recomeçar. Hoje, diferente de quando entrei aqui, tenho visão de mulher e, principalmente, perspectivas para meu futuro”, disse.
Secom-PB
As 407 apenadas na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, em João Pessoa, festejaram, na manhã desta quinta-feira (21), a segunda edição do “Arraiá Libertador”. Um grande pavilhão foi instalado no pátio da unidade prisional, dando espaço à apresentação de quadrilha junina liderada pelas presas, com direito ainda a trio de forró pé-de-serra, comidas típicas e sorteios de brindes.
A iniciativa partiu da diretoria do presídio e integra o conjunto de ações de ressocialização, que vem sendo empregado em todas as penitenciárias paraibanas, sob coordenação da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. A comemoração junina começou por volta das 10h, quando um trio de forró convidado – cujo sanfoneiro é marido de uma das detentas – colocou todos para dançar.
Instantes depois, teve início a apresentação da quadrilha junina, composta por 24 presas. De acordo com a diretora da unidade, Cinthya Alves, as próprias detentas se prontificaram em ensaiar a dança. “Desde maio elas começaram a se preparar, três vezes por semana, no pátio da penitenciária. Todos os passos foram criados por elas”, disse.
As faculdades Facene/Famene, que realizam um projeto de extensão com as detentas, foram parceiras da festa. As instituições de ensino providenciaram as roupas que elas utilizaram na quadrilha, além das comidas típicas. Muitos vestidos foram reformados pelas próprias apenadas, que pensaram em todos os detalhes da apresentação – inclusive o casamento encenado e a coroação da rainha do milho.
As detentas que não participaram da dança aproveitaram a festa e contribuíram com a quadrilha. Uma delas foi Aline Marques da Silva que, por se dedicar aos trabalhos como cabelereira dentro da unidade prisional, não teve tempo de participar dos ensaios. “Dancei no ano passado, mas este ano não consegui. Mesmo assim, ajudei as meninas a se arrumarem e maquiei quase todas elas”, revelou.
Ressocialização – Para a diretora do presídio, Cinthya Alves, a festa junina foi mais um momento de interação entre as detentas. “Isso propicia a integração e a valorização delas, fortalecendo o trabalho de ressocialização”, destacou.
Aline Marques – que foi presa por tráfico de drogas, quando transportava três quilos de crack – reconhece a importância da festa como um instrumento de transformação da realidade vivida dentro das celas.
“Em meio a grades, sofrimento, temos no arraiá um momento de descontração. Se não fosse pelo empenho da diretoria do presídio, esta seria uma data que passaria em branco para nós. Ficamos felizes, pois percebemos que estão nos olhando como seres humanos, que erraram, mas que agora podem recomeçar. Hoje, diferente de quando entrei aqui, tenho visão de mulher e, principalmente, perspectivas para meu futuro”, disse.
Secom-PB
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