quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Pedro diz que adesão do PMDB a Ricardo Coutinho é “oportunismo eleitoreiro”

Deputado federal eleito lamentou o posicionamento dos peemedebistas. “Não eram a oposição de verdade?”, disse.

O advogado Pedro Cunha Lima (PSDB), deputado federal eleito e mais bem votado na Paraíba entre os postulantes para o cargo nas eleições do último domingo (5), não poupou críticas à adesão do PMDB a candidatura do governador Ricardo Coutinho (PSB), à reeleição. Em visita à Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na manhã desta quarta-feira (8), ele conversou com a imprensa e acusou os peemedebistas de “oportunismo político”.

Durante a entrevista, Pedro Cunha Lima lamentou o posicionamento do PMDB neste segundo turno na Paraíba. Sobrou até o slogan da coligação do partido, que tinha o senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) candidato a governador no primeiro turno. “Não era a oposição [na verdade renovação] de verdade?”, disse.

“É algo muito curioso e interessante de se acompanhar, porque o PMDB se apresentou como oposição de verdade, esse era o seu slogan no primeiro turno. O PMDB não concordava com nada que o governo fazia. Na disputa de 2012, Veneziano Vital do Rêgo [Deputado federal eleito e ex-prefeito de Campina Grande] batia frontalmente com Ricardo, que batia frontalmente em Veneziano. As pessoas estão cansadas disso. Essa é a realidade”, disse. 

E complementou: “Os políticos têm culpa nesse afastamento que vemos das pessoas com a política. Isso é fruto justamente dessa incoerência que acontece, é alguém que há poucas semanas batia e, por circunstâncias que lhe são convenientes, talvez por um oportunismo eleitoreiro, agora está junto. A população não entenderá isso”. 

Já ganhou?
Sobre a motivação da militância do governador Ricardo Coutinho (PSB) com a conquista do apoio do PMDB, Pedro Cunha Lima preferiu enaltecer a conquista do senador Cássio Cunha Lima no primeiro turno. 

“O que observo é a motivação da nossa militância, afinal de contas vencemos o primeiro turno, saímos vitoriosos com uma candidatura de oposição. Em regra, a vontade da oposição é chegar no segundo turno, basta ver a disputa nacional. Aqui na Paraíba, nós que somos da oposição chegamos ao segundo turno, e em primeiro, a Paraíba, em sua maioria já deixou claro que rejeita o atual governo”, concluiu.
Ângelo Medeiros
WSCOM Online

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