A Paraíba ocupa a 15ª posição entre as unidades federativas do País e a 4ª do Nordeste em número de crimes tentados e consumados contra o patrimônio, que inclui furto, roubo, latrocínio, extorsão, apropriação indébita, estelionato e receptação. Esses crimes são os mais comuns no Estado, com 4.075 ocorrências no ano passado (11 por dia), segundo o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo Ministério da Justiça. Em seguida, aparece o tráfico de drogas com 1.971 registros. Segundo o procurador de Justiça Criminal do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Francisco Sagres, a ação das drogas e a sensação de impunidade são determinantes para a ocorrência dos crimes.
3º é porte de armas
O terceiro tipo de crime mais praticado na Paraíba é o que envolve o Estatuto do Desarmamento que inclui porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, disparo de arma fogo, comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de arma de fogo. Só em 2012 foram 1.107 registros, conforme dados do 7º Anuário. Em quarto lugar ocupa os crimes contra a pessoa (homicídios simples e qualificado, sequestro e cárcere privado) que no ano passado foram 1.874. Em quinto, com 458 (em 2012), ocupa os crimes contra os costumes (estupro, atentado violento ao pudor, corrupção de menores, tráfico internacional e interno de pessoas). Em sexto está o crime contra a paz urbana (quadrilha ou bando), 356. Em sexto, com 196 casos, conforme na Lei Maria.
Francisco Sagres ainda contou que falta justiça social, oportunidade de emprego, educação compatível para que os jovens não sigam o caminho do crime. “Nós temos que botar a polícia na rua, mas também temos que botar o social. Temos que botar os órgãos que fomentem emprego. Temos que dá uma educação forte. Nós temos que obrigar os pais a botar e a manter seus filhos na escola. Tudo isso tem que ser feito para acabar com a criminalidade”, ressaltou. Além disso, o procurador ressaltou que a impunidade faz com que se gerem mais crimes, pois as pessoas sabem que não serão punidas se cometerem algum delito.
Ainda de acordo com Sagres, não adianta está com um aparelho de segurança e judicial sem operacionalização plena por falta de estrutura. “Nós temos juízes com 5 mil processos, com 10 mil processos. Hoje (ontem) mesmo tivemos notícia de que em Mangabeira, há um juiz que está com 20 mil processos. Isso é impraticável. E o Poder Judiciário e Ministério Público não podem contratar por conta da lei de responsabilidade fiscal. Tudo isso faz engessar os seguimentos de combate à criminalidade e com a legislação que nós temos, tão frouxa e tão branda que permite tudo isso, pois você que comete um estupro, com dois anos você está na rua. Isso é uma agressividade à sociedade”, afirmou.
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