terça-feira, 5 de novembro de 2013

Números da violência na PB estão entre os maiores do país; estupros crescem 27%


Cláudia Lima reconhece que há muito para fazerApesar de deter a menor taxa de estupros do país (8,8%), a Paraíba teve um crescimento de 26,79% nos casos, entre 2011 e 2012. Os dados são do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será publicado hoje. O levantamento revela que, nesses anos, os registros de suicídio (11,54%) e tentativa de homicídios (47,88%) cresceram na Paraíba, mas o Estado apresenta queda na maioria dos crimes, como homicídios (-10,5%) e mortes no trânsito (-24,22%). No entanto, o secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, admite que os números não são suficientes para confortar a população, que ainda sofre com a sensação de insegurança nas ruas.

Os números da violência armada na Paraíba são um dos maiores do país. Das mortes com agressão, 84,6% foram com uso de arma de fogo, o maior percentual do país, junto com Alagoas. O percentual supera o do Pa[is, que é de 70,4% para uso de armas de fogo. Em 2012, foram 1476 homicídios dolosos (com intenção de matar) na Paraíba, ou seja, 9,61% a menos que em 2011 (1633). Os latrocínios (roubo seguido de morte) também diminuíram: de 27, em 2012, para 21, no ano anterior. A queda segue nas ocorrências de trânsito, mas os números ainda são assustadores. Em 2012, foram 279 homicídios culposos e 109 dolosos. Ou seja, 388 mortes em um ano, mais que uma por dia nas rodovias da Paraíba.

Apesar de menos mortes terem sido registradas, o número de tentativas aumentou. Foram 378 tentativas de homicídio em 2011 e 559 em 2012. A redução dos crimes de trânsito também tem dois lados. As mortes diminuíram, mas as lesões corporais culposas (sem intenção) de trânsito saltaram de 305 em 2011 para 554 em 2012, ou seja, 81,64% a mais.
O secretário Cláudio Lima afirmou que já conhecia os números e que ainda há muito o que melhorar. “Para nós, os números não são novidade. Essas quedas em alguns crimes mostram que a polícia está no caminho certo. Mas, temos consciência de que ainda estamos muito longe de atingirmos o ideal. Esse número ainda não conforta a população, temos que ter um trabalho bem mais efetivo para trazer a sensação de segurança aos paraibanos”, disse.

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