Ele era casado com a também professora Martha Kristine Arcela e deixou os filhos Aloísio, Juliana e Bárbara, e cinco netos
O professor e escritor Antonio Arcela morreu na madrugada de ontem, no Hospital da Unimed, em João Pessoa, aos 55 anos, vítima de falência hepática. O sepultamento aconteceu às 16h, no Cemitério Senhor da Boa Sentença. Ele era casado com a também professora Martha Kristine Arcela e deixou os filhos Aloísio, Juliana e Bárbara, e cinco netos.
Considerado um dos melhores professores de português e de literatura de sua geração, Tota Arcela, como ficou conhecido entre os alunos, ensinou em vários colégios da Capital, entre eles Pio X, João XXIII, Polígono, Hipócrates, Pio XI e CDF. Ele também se especializou em preparação para concursos, atuando por mais de 20 anos nesta área.
Compositor, Tota Arcela venceu festivais de música do Estado, compôs, em parceria com o irmão, o publicitário Alberto Arcela, com o maestro Carlos Anísio e o instrumentista e professor Odair Salgueiro, inúmeras canções que foram gravadas e interpretadas por cantores e cantoras paraibanos. Parte expressiva do que ele realizou na área musical integra o CD “Poetas sem concerto” em parceria com Anísio e Salgueiro.
Graduado em Letras, Tota também foi contista com livros publicados, além de poeta. Nos anos 1980, idealizou e liderou o grupo Oficina Literária que marcou presença na cena cultural nordestina através de intervenções teatrais, performances e principalmente por força de uma produção poética de grande poder imaginativo.
Durante o velório na manhã deste sábado, o maestro Carlos Anísio, amigo do professor falecido, destacou como característica de sua personalidade “a inteligência extremamente aguda e abrangente”. Para Carlos Anísio, “Tota Arcela foi um criador que inspirou muita gente, a quem, particularmente, devo a descoberta de uma produção literária e artística transgressiva e crítica.” Anísio lembrou que “foi ele quem me apresentou à literatura beat norte-americana, e a poetas como Charles Bukowski, com que ele, Tota, se assemelhava muito já que para ele , assim como para Bukowski, literatura e vida se integravam”.
O oftalmologista Antonio Viana, também amigo do poeta e escritor, fez questão de mencionar o que para ele era o aspecto principal da forma de viver de Arcela, a generosidade: “Se eu pudesse escolher uma parte dele para ficar sempre com a gente essa parte seria o coração”, disse o médico, emocionado: “Tota era uma pessoa que se destacava pela generosidade, fazia o que podia para ajudar as pessoas, e se fosse um amigo, então, ele se desdobrava”. Amigos e parceiros programa para esta semana uma série de homenagens ao professor e artista morto neste sábado.
Nenhum comentário :
Postar um comentário