Faltando um pouco menos de 60 dias para as eleições municipais, constata-se, pela análise qualitativa dos percentuais captados, na pesquisa espontânea do Ibope, que 53% – soma dos percentuais de indecisos e votos nulos ou em branco – dos eleitores pessoenses não querem votar nos políticos mais tradicionais, abrindo espaço para novos nomes.
Era de se esperar que Cícero Lucena (PSDB), que foi prefeito em dois mandatos, e José Maranhão (PMDB), que governou o Estado durante praticamente nove anos, obtivessem uma votação espontânea bem mais expressiva, entretanto ambosgarantiram somente 18% e 15%, respectivamente, para o senador Cícero Lucena e o ex-governador José Maranhão.
Na opção estimulada, que expressa a temperatura eleitoral dos momentos em que uma pesquisa quantitativa é realizada, Cícero alcançou 26% dos votos e Maranhão chegou a 27%.
Como se verifica, Cícero e Maranhão, dentro da margem de erro, estão, rigorosamente, empatados em todos os percentuais, inclusive quanto ao sentimento percebido no inconsciente coletivo da população sobre quem seria o favorito para ganhar as eleições, já que chegaram a 31% e 28%, respectivamente, para o tucano e o peemedebista.
Os 18% assegurados por Cícero, na espontânea, são, qualitativamente, mais expressivos que os 15% de Maranhão, porque o senador Cícero, depois de eleito, expõe-se menos nas mídias, sendo em muitas aparições associado ao “Escândalo da Confraria. Já o ex-governador Maranhão teve maior visibilidade porque disputou duas eleições majoritárias para governador, contra Cássio e Ricardo, além de ter governado o Estado de 2008 a 2010.
Pode-se concluir que o candidato José Maranhão, dos dois mais tradicionais, é o que conta com menor espaço de crescimento por agregar 35% de rejeição – a maior dentre os sete candidatos a prefeito. Rejeição esta difícil de ser esvaziada por não contar com cenários que lhe favoreçam, até porque Maranhão é bem conhecido por 73% da população.
A rejeição também elevada de 30% do senador Cícero explica-se pelo envolvimento de seu nome no já citado “Escândalo da Confraria”. Se Cícero conseguir, entretanto, provar na campanha que é inocente, sua rejeição poderá ser minimizada com consequente crescimento eleitoral.
Pelo que analisamos acima, o senador Cícero Lucena detém um cenário mais favorável para chegar ao segundo turno, sendo bem conhecido por 53% da população.
Dentre os outros cinco candidatos, Estelizabel Bezerra (PSB) e Luciano Cartaxo (PT) são os dois, da nova geração de políticos, que registraram percentuais mais favoráveis para chegarem ao segundo turno, com maiortendência para o deputado petista.
Na pesquisa Ibope, Luciano, na votação espontânea, com oito pontos percentuais, ficou um pouco acima de Estelizabel, com seis pontos percentuais; entretanto, na estimulada, Luciano alcançou 14% das intenções de votos contra 9% de Estelizabel.
Também na rejeição, Luciano, com apenas 18%, tem vantagem sobre Estelizabel (29%), o que abre espaço para o petista crescer mais, até porque Cartaxo só é bem conhecido por 24% dos eleitores. Ademais, Luciano poderá crescer também impulsionado pela veiculação das imagens de Lula e da presidente Dilma.
O curioso e atípico em Estelizabel é que só é bem conhecida por 11%, índice inferior à sua rejeição de 29%. Como esses percentuais da pesquisa Ibope podem aparentar uma contradição intrínseca, levanta-se a hipótese da vinculação de seu nome à rejeição à pessoa do governador Ricardo Coutinho apesar de sua administração ter sido aprovada como “ótima” e “boa” por 41% dos pessoenses. O crescimento de Estelizabel dependerá, essencialmente, do que ela inserir de atributos pessoais, no inconsciente coletivo.
Com base nas análises que processamos, podemos inferir que as eleições para prefeito de João Pessoa não projetam os candidatos mais prováveis para o segundo turno, mas tendenciam uma maior possibilidade para Cícero Lucena.
Tomando por base os potenciais de crescimento dos demais candidatos, vislumbramos maiores chances de Luciano Cartaxo ir para o embate com Cícero. Entretanto, se os dois nomes novos não convencerem, os tradicionais Cícero e Maranhão irão para o segundo turno. * Sociólogo e analista político
Assessoria
Na opção estimulada, que expressa a temperatura eleitoral dos momentos em que uma pesquisa quantitativa é realizada, Cícero alcançou 26% dos votos e Maranhão chegou a 27%.
Os 18% assegurados por Cícero, na espontânea, são, qualitativamente, mais expressivos que os 15% de Maranhão, porque o senador Cícero, depois de eleito, expõe-se menos nas mídias, sendo em muitas aparições associado ao “Escândalo da Confraria. Já o ex-governador Maranhão teve maior visibilidade porque disputou duas eleições majoritárias para governador, contra Cássio e Ricardo, além de ter governado o Estado de 2008 a 2010.
Pode-se concluir que o candidato José Maranhão, dos dois mais tradicionais, é o que conta com menor espaço de crescimento por agregar 35% de rejeição – a maior dentre os sete candidatos a prefeito. Rejeição esta difícil de ser esvaziada por não contar com cenários que lhe favoreçam, até porque Maranhão é bem conhecido por 73% da população.
A rejeição também elevada de 30% do senador Cícero explica-se pelo envolvimento de seu nome no já citado “Escândalo da Confraria”. Se Cícero conseguir, entretanto, provar na campanha que é inocente, sua rejeição poderá ser minimizada com consequente crescimento eleitoral.
Pelo que analisamos acima, o senador Cícero Lucena detém um cenário mais favorável para chegar ao segundo turno, sendo bem conhecido por 53% da população.
Na pesquisa Ibope, Luciano, na votação espontânea, com oito pontos percentuais, ficou um pouco acima de Estelizabel, com seis pontos percentuais; entretanto, na estimulada, Luciano alcançou 14% das intenções de votos contra 9% de Estelizabel.
O curioso e atípico em Estelizabel é que só é bem conhecida por 11%, índice inferior à sua rejeição de 29%. Como esses percentuais da pesquisa Ibope podem aparentar uma contradição intrínseca, levanta-se a hipótese da vinculação de seu nome à rejeição à pessoa do governador Ricardo Coutinho apesar de sua administração ter sido aprovada como “ótima” e “boa” por 41% dos pessoenses. O crescimento de Estelizabel dependerá, essencialmente, do que ela inserir de atributos pessoais, no inconsciente coletivo.
Com base nas análises que processamos, podemos inferir que as eleições para prefeito de João Pessoa não projetam os candidatos mais prováveis para o segundo turno, mas tendenciam uma maior possibilidade para Cícero Lucena.
Tomando por base os potenciais de crescimento dos demais candidatos, vislumbramos maiores chances de Luciano Cartaxo ir para o embate com Cícero. Entretanto, se os dois nomes novos não convencerem, os tradicionais Cícero e Maranhão irão para o segundo turno. * Sociólogo e analista político
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