O Relatório Mundial sobre Drogas 2012 mostra que cinco por cento da população mundial entre 15 e 64 anos de idade usaram pelo menos uma vez alguma droga ilegal.
Mas diferente de outros países, onde a heroína e a cocaína são as drogas que mais preocupam, o Brasil vem sofrendo com o aumento do consumo do crack. Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios, a droga está presente em 98 por cento dos municípios brasileiros.
Segundo o presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, deputado Dr. Jorge Silva, o baixo custo do crack é um dos fatores para o aumento do consumo da droga no País."Hoje, a nossa grande epidemia é o crack, uma droga barata, uma droga, que nos últimos anos, aumentou o consumo extremamente. Para você ver que a quantidade de cocaína e de crack apreendida no País aumentou muito. Entretanto, o preço continua no mesmo valor."
O ministério da Saúde tem investido na rede de assistência aos usuários de crack. Em 2011, foi lançado o programa Crack, é possível vencer, que realiza ações para combater o consumo da droga, como a criação de leitos para abrigar os dependentes químicos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa é uma das prioridades do órgão.
"O crack é uma epidemia que desafia os serviços de saúde hoje. Nós precisamos reorganizar o SUS para acolher adequadamente essas pessoas, tratá-las e essa reorganização tem que ter exatamente isso, tipos de atendimentos diferentes para situações muito diferentes."
O Ministério da Saúde deve investir dois bilhões de reais até 2014 na implantação e ampliação dos serviços para o tratamento de usuários de droga em todo o País. A Câmara dos Deputados aprovou no início do mês um projeto de lei que aumenta de dois terços para até o dobro da pena para quem trafica crack. A proposta vai ainda ser analisada pelo Senado Federal.
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