sábado, 5 de abril de 2014

Vítimas de acidentes de moto aumentam 22,2%.

Entre janeiro e março deste ano foram registrados 2.723 atendimentos, já no mesmo período do ano passado foram 2.421.
Nicolau de CastroÚltimo mês de março foi o que registrou o maior número de atendimentos no hospital desde que ele foi inaugurado.

O número de pacientes vítimas de acidentes envolvendo motocicletas no Hospital de Trauma de Campina Grande bateu recorde no primeiro trimestre deste ano. Comparando os três primeiros meses de 2014 com o mesmo período de 2011, houve um aumento de 22,2% no número de casos em três anos. Outro dado que chama atenção é que o último mês de março foi o que registrou o maior número de atendimentos no hospital desde que ele foi inaugurado, no ano de 2011.

De acordo com os dados divulgados pela assessoria de imprensa do Hospital de Trauma, entre janeiro e março deste ano foram registrados 2.723 atendimentos, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 2.421. Já nos três primeiros meses de 2012 foram atendidos 2.196 acidentados, número que em 2011 foi de 2.225.

As estatísticas do Trauma também apontam que desde a fundação do hospital, em julho de 2011, o mês passado foi o que registrou o maior número de casos de acidentes de moto.
Em 31 dias, foram 1.049 pacientes atendidos. O último recorde havia sido em dezembro de 2012, quando foram registrados 948 atendimentos. Já a média de pacientes atendidos mensalmente no hospital em virtude desses acidentes é de 800, conforme o levantamento feito pela unidade.

Segundo o médico ortopedista do Hospital de Trauma, Marcelo Augusto, muitas vítimas de acidentes de moto são do sexo masculino e com faixa etária entre 19 e 41 anos.

O médico destacou que os acidentes envolvendo motocicletas são uma preocupação para a saúde pública, pois geralmente resultam em fraturas ou amputação dos membros, traumatismo craniano e, em casos mais graves, a morte.

De acordo com o médico, a maioria das vítimas sofre fraturas nas pernas e grande parte delas são expostas, pois essa é a parte do corpo que recebe o maior impacto em casos de colisão ou abalroamento.

“Muitos pacientes chegam aqui com fraturas no fêmur, na tíbia e, em casos mais graves, o corpo chega em uma maca e a perna em outra. Por mais simples que o acidente pareça, ele causa ferimentos que vão desde arranhões até decepamento”, disse o médico.
Conforme o ortopedista, um trauma simples nos membros leva, no mínimo, nove meses para recuperação, isso quando há chances de que ela ocorra, já que muitos pacientes perdem a coordenação motora e a força nos membros afetados.

“Depois da cirurgia, o paciente passa uma semana internado em observação. Depois ele vai para casa se recuperar da cirurgia e só após 3 ou 4 meses é que ele começa a fazer fisioterapia, que leva no mínimo mais seis meses”, explicou.

IMPRUDÊNCIA

Segundo o diretor do Hospital de Trauma, Geraldo Medeiros, grande parte dos acidentes de moto acontece por imprudência ou embriaguez. O diretor também destacou que os motociclistas muitas vezes não usam os equipamentos de segurança.
“Muitos sofrem traumatismo craniano pelo não uso, ou o uso indevido do capacete. Hoje em dia é raro ver motociclistas usando cotoveleiras, joelheiras e outros equipamentos de segurança, que poderiam amenizar os danos à saúde”, lamentou. 

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