A piora da crise financeira internacional, no entanto, prejudicou os ganhos das empresas, que pagaram menos tributos em 2012. No ano passado, as pessoas jurídicas pagaram R$ 112,3 bilhões em imposto de renda, uma queda de 0,76% em relação a 2011 (descontando os efeitos da inflação do período). A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) também caiu 6,12% (descontada a inflação) e atingiu R$ 59,3 bilhões. Juntos, os dois impostos renderam aos cofres públicos a cifra de R$ 171,6 bilhões em 2012, uma queda de 2,68% em relação a 2011 (R$ 176,3 bilhões).
As desonerações de impostos anunciadas pelo governo ao longo do ano passado também derrubaram a arrecadação. Houve uma queda de 14,29% no pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) entre 2012 e 2011 (no ano passado, o tributo rendeu R$ 30,8 bilhões aos cofres públicos, enquanto em 2011 o montante foi de R$ 35,9 bilhões). No total, as desonerações resultam numa renúncia fiscal estimada pela Receita de R$ 46,4 bilhões.
A secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, explica que a queda na arrecadação fruto das desonerações de impostos foram compensadas pela melhoria do poder de compra e da maior parte dos indicadores da economia do País. "Apesar das desonerações, os principais indicadores macroeconômicos apresentaram desempenho positivo. Houve aumento da massa salarial, das vendas do comércio, do Produto Interno Bruto (PIB), do valor das importações em dólar", disse.
Terra
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