domingo, 6 de maio de 2012

Vital rebate ameaça de Cássio sobre sigilo da CPMI

Vital rebate ameaça de Cássio sobre sigilo da CPMI
Vital rebate ameaça de Cássio sobre sigilo da CPMI

O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital de Rêgo (PMDB-PB), afirmou que, se parlamentares forem à Justiça contra as medidas que ele implementou para acesso aos documentos sigilosos da investigação, o resultado pode ser uma restrição ainda maior. Na última sexta-feira, 4, o senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) solicitou acesso à íntegra de todas as transcrições legais que ficaram de fora do relatório final das investigações encaminhadas ao Ministério Público Federal. Além dele, a oposição pretende encaminhar uma reclamação formal sobre as regras de acesso ao material.

"O Supremo vai determinar que sigamos o Regimento Interno", disse Vital à Folha. O regimento define que os documentos sigilosos devem ser lidos em sessão secreta, não prevendo outra opção. "Ficaremos nós lá horas e horas lendo milhares de páginas e só", reiterou.

Rêgo definiu que apenas três computadores darão acesso aos documentos requisitados pela CPI, como cópia de inquéritos, escutas telefônicas, quebras de sigilo, o que obrigará os 60 parlamentares que compõem a CPI, entre titulares e suplentes, se revezarem.

Assessores não poderão acessar os documentos, o que irritou deputados e senadores acostumados a CPIs e que ameaçam recorrer à Justiça caso não a regra não seja revista. "Quero o corpo técnico me auxiliando", afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), verbalizando o mesmo pensamento de muitos colegas.

Diante das pressões, o presidente da CPI já não descarta "aperfeiçoar" as regras, dando até mesmo acesso remoto às informações. "Desde que o Prodasen [órgão de informática do Senado] me garanta que é seguro nada está descartado. Mas se forem à Justiça, vou seguir o regimento", disse.



PB Agora

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