“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”. Foi assim, reproduzindo a máxima proferida pelo filósofo francês Voltaire (de quem também é a célebre frase de que “os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente grande”), que o senador Cássio Cunha Lima solidarizou-se à blogueira cubana Yoani Sánchez.
O senador defendeu o direito de Sánchez de criticar a Revolução Cubana, movimento armado que levou Fidel Castro ao poder em 1959, onde está até hoje, sob o comando do irmão, Raul Castro.
Adepto do humanismo, doutrina que se fundamenta no princípio de que todas as pessoas têm dignidade e valor, e, portanto, merecem o respeito umas das outras, Cássio foi enfático ao ressaltar a liberdade de expressão como garantia inalienável de todo ser humano.
A cubana, que é dissidente do regime castrista e que ganhou projeção internacional com o seu blog “Generación Y”, chegou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (20), atendendo a convite do PSDB. Ela foi recebida por diversos parlamentares, de diversos partidos. Juntos, cerca de 200 pessoas assistiram ao documentário "Conexão Cuba-Honduras", no qual a ativista aparece.
Em seguida, Yoani Sánchez falou da "falta de liberdade em Cuba", contou ao público a história de seu blog, criado em 2007, e criticou a "satanização pública" que diz sofrer das autoridades da ilha.
Durante o discurso, a blogueira voltou a elogiar o direito de manifestação no Brasil. "Levo do Brasil a recordação da pluralidade" – disse ela. A cubana encerrou sua fala dizendo que gostaria que os cubanos tivessem os mesmos direitos que os brasileiros.
As redes sociais estão lotadas de comentários contra e a favor de Yoani Sánchez, uma das vozes mais críticas da ilha de Fidel. A blogueira, que defende o fim do embargo econômico imposto a Cuba pelos Estados Unidos (para ela, “o embargo é a razão para que nosso Governo não explique seu fracasso econômico e a repressão política”) é vencedora de diversos prêmios de jornalismo e de direitos humanos em vários países.
Fonte: PBHOJE com Assessoria
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