segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cooperativa quer evitar venda ilegal de explosivos


Os mineradores informaram que vendiam os materiais mas que não sabiam que bandidos que explodem bancos, estariam adquirindo os produtos na região

explodem banco
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Garimpeiros que trabalham com a extração de pedras no Junco do Seridó, participaram na noite de anteontem de uma reunião com a Cooperativa de Mineradores (Cooperjunco) e representantes da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), para discutir o combate à venda ilegal de explosivos. Os mineradores informaram que vendiam os materiais  mas que não sabiam que bandidos que explodem bancos, estariam adquirindo os produtos na região. A presidente da Cooperjunco, Aparecia Carneiro, afirmou que irá cobrar medidas mais coercitivas para evitar o acesso das quadrilhas às áreas dos garimpeiros. O Exército frisou que já estão sendo apurados os indícios de irregularidades no Seridó, através do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 7ª Região Militar (Recife-PE).
De acordo com Aparecida Carneiro, muitos mineradores estavam vendendo os produtos sem saber que os bandidos estariam aproveitando para usar os explosivos em explosões à caixa eletrônico e por isso, a reunião teve por objetivo, orientá-los sobre o uso dos materiais nas minas. “ Eles não sabiam o que estavam fazendo. Acontece que compravam para fazer suas detonações e se chegasse alguém para comprar, eles vendiam, de forma indiscriminada  sem saber, pensando que era pra outros mineradores. Apresentamos para eles na reunião, a importância de se legalizar a venda e assim, barrar que bandidos venham até aqui, comprar explosivos”, explicou.
O minerador João Salustiano Silva,48, disse que companheiros de trabalho vendiam os explosivos que eram adquiridos para a detonação nos garimpos, como forma de adquirir mais dinheiro. 
“Ninguém sabia que bandidos estavam vindo, ou mandando comprar dinamite aqui. Acontece que o erro dos garimpeiros era vender sem saber a quem e agora, isso deverá acabar porque vamos buscar ter um controle e só pretendemos comprar o que for ser usado nos garimpos”, disse o minerador.
Segundo o presidente da CDRM, Marcelo Falcão, é importante que sejam tomadas medidas que combatam o comércio ilegal de explosivos e que não prejudique o trabalho dos garimpeiros. “Uma prática irregular que precisa ser combatida,mas tem que serem tomadas providências que não venham a prejudicar a vida dos garimpeiros que vivem da extração mineral e que é a única fonte de renda para eles”, destacou.
Conforme o Exército, As operações na região serão intensificadas  e que já estão sendo tomadas medidas urgentes para o combate a venda clandestina de materiais explosivos. Entre as medidas que serão adotadas, estão a  criação de um canal na internet para o registro das ocorrências de furto, roubo, perda ou recuperação de explosivos e acessórios em até 24 (vinte e quatro) horas após o fato e a instalação de  vigilância eletrônica nos depósitos.As discussões vieram à tona, após a operação “Nitron”, realizada na semana passada, quando foi preso um garimpeiro acusado de fornecer explosivos a quadrilhas que explodem bancos. Na ação, também foram apreendidos 25 quilos de nitron. Dois dias após a ação policial, bandidos explodiram a agência da cidade. 

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