A Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira o projeto do Senado que extingue o pagamento do 14º e 15º salários dos deputados, em votação simbólica. Apenas um deputado se pronunciou contra o fim do benefício, Newton Cardoso (PMDB-MG).
- Estão votando com medo da imprensa, é uma deslealdade com deputados que precisam (dos valores). Não falo por mim, abro mão, pago caro para trabalhar aqui – disse.
O texto aprovado não acaba definitivamente com o benefício: mantém o pagamento no primeiro ano da legislatura e ao final dos quatro anos.
Ontem, os líderes da Câmara votar o texto. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disposto a mostrar a atuação da Casa, decidiu enfrentar um tema que encontrava muita resistência por acabar com o privilégio dos deputados.
Henrique conseguiu que todos os líderes assinassem o requerimento para que o projeto, que estava engavetado na Comissão de Finanças e Tributação desde o ano passado e não conseguia ser votado, fosse direto ao plenário da Casa.
- O pagamento do 14º e 15º salários é uma vergonha nacional, é inaceitável. Será o fim imediato desse privilégio – afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), um dos que pressionaram pela votação.
Indagado se a decisão de votar o projeto já nesta primeira semana de trabalhos era uma tentativa de resgatar a imagem da casa, Henrique Alves negou.
Fonte: oglobo
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