quarta-feira, 8 de maio de 2013

Decisão do PSD põe Rômulo em ‘sinuca de bico’ na Paraíba

Decisão do PSD põe Rômulo em ‘sinuca de bico’ na Paraíba
A determinação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de cobrar o apoio dos 27 diretórios estaduais do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff pode atrapalhar a vida do vice-governador Rômulo Gouveia, presidente da legenda da Paraíba.

Entenda a sinuca de bico:

Rômulo Gouveia (PSD) não pode apoiar o PT, porque é um fiel aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB) e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que estarão em palanques opostos ao de Dilma Rousseff em 2014.

O PT na Paraíba faz ferrenha oposição ao Governo Ricardo Coutinho, que tem no partido de Rômulo um de seus mais fortes aliados.

O vice-governador também mantém relações de amizade com os dois pré-candidatos da oposição, Eduardo Campos e Aécio Neves, o que aumenta a pressão sobre a sua decisão.



Confira a matéria publicada hoje no jornal O Estadão trazendo a imposição de Gilberto Kassab aos diretórios para que apoiem Dilma:

Doze diretórios estaduais do PSD, partido criado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab, já manifestaram apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014. A expectativa da direção da legenda é de que a aliança com a petista seja chancelada pela maioria dos 27 estados até o fim do ano. As consultas aos diretórios foram o meio encontrado pela direção do PSD para legitimar o apoio a Dilma. Nesta terça-feira, o partido de Kassab, que era adversário do PT em São Paulo, deu mais um passo para concretizar essa aliança: o vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) aceitou convite de Dilma e será ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Dos doze diretórios pró-aliança com o PT, três – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Alagoas – formalizarão sua decisão nesta quarta-feira em reunião da executiva do PSD. A maior resistência está no diretório de Pernambuco. Lá, o PSD nasceu com o apoio do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB).

Apesar da aliança nacional com o PT, Kassab liberou os diretórios para fazerem as costuras locais que lhes forem convenientes – o fim da verticalização das alianças permite que o partido apoie uma legenda na eleição presidencial e outra na estadual.

Em estados administrados pelo PSDB, haverá apoio a tucanos na eleição para governador, como Paraná e Goiás. Já na Bahia e em Sergipe, o PSD se aliará ao PT, que governa os dois estados. Em São Paulo, a tendência é a de que o PSD apoie o PT ou tenha candidatura própria – os petistas acham que uma candidatura de Kassab pode rachar o eleitorado tucano e ajudar a forçar um segundo turno contra o candidato à reeleição, o tucano Geraldo Alckmin (PSDB). O PSD chegou a ensaiar um acordo com o PSDB, mas a conversa não avançou.

A decisão dos diretórios de apoiarem Dilma e o convite a Afif aproxima o PSD do PT. Mas, na prática, o PSD já atua alinhado com o governo. Na média, os deputados do PSD acompanharam o governo em 79% das votações desde 2011. No Senado, o índice foi de 94%.


PB Agora com Estadão

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