A Paraíba será o segundo Estado a implementar as ações do Plano Juventude Viva, do Governo Federal, com a participação da sociedade civil, para o enfrentamento e prevenção à violência, principalmente, entre jovens negros de 15 a 29 anos de idade. O Estado tem seis cidades entre as 132 do País com as maiores taxas de homicídios entre pessoas pretas e pardas nessa faixa etária. João Pessoa é a quarta cidade desse ranking, onde a taxa chega a 319,06,conforme dados levantados pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ). Alagoas foi o primeiro a receber o plano.
No Brasil, 53,3% das vítimas de homicídios em 2010 eram jovens, dos quais 76,6% eram negros e 91% do sexo masculino. Os 132 municípios selecionados para a implementação do plano, iniciado no início do ano, concentram 70% dos homicídios de jovens negros.
A coordenadora da SNJ, Larissa Borges, destacou que o Plano irá trabalhar a desconstrução da cultura de violência. “É resultado de uma parceria entre 11 ministérios e foi construído por meio de um processo participativo com movimentos juvenis, negros e especialistas em segurança pública. Na Paraíba, a articuladora será Suzany Silva, responsável por ações nos municípios de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Patos, e mais duas cidades do Rio Grande do Norte, Natal e Mossoró.
“Foram esses oito municípios que constaram, nesses estados, no ranking as cidades priorizadas pelo Plano Juventude Viva. Vamos iniciar fazendo um mapeamento das políticas executadas”, explicou Suzany Silva.
A representante da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Dorian Vaz, afirmou que o Governo está empenhado no debate com a sociedade civil. A coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraíba disse que o plano receberá apoio irrestrito. “Estaremos somando esforços nessa luta pelo combate à violência”, afirmou Núbia Gonçalves. O plano será apresentado à sociedade civil e gestores paraibanos este mês.
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