Há aproximadamente 15 anos uma família recebe frequentemente a visita de um urubu albino próximo a sua propriedade rural em Tietê (SP). De acordo com a secretária Daniela Deliberali Marson, que registrou a ave e enviou fotos através da ferramenta colaborativa VC no G1, o urubu começou a ser visto mais próximo da propriedade há três meses.
As imagens enviadas mostram o urubu albino perto de outros animais da mesma espécie em uma plantação de milho.
Segundo a mulher, ela descobriu que o animal era albino através de uma reportagem exibida pelo Globo Rural em que explicava que casos como esse são raros, mas que são causados pela ausência de melanina, pigmento responsável pela coloração.
Ainda segundo ela, o animal não frequenta a propriedade todos os dias. “Tem períodos que ele chega pela manhã e fica por aqui o dia todo, mas em alguns dias que ele não aparece”,
explica a internauta.
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Procurada pelo G1, a jovem de 29 anos afirmou que nunca percebeu comportamento agressivo do pássaro e confessa que acha a cena bonita. “Sempre que percebemos que eles estão sobrevoando perto de casa paramos para ver a cena. Sem dúvida, é muito bonito”, comenta.
Nota da Redação: O G1 procurou o especialista em aves de Itapetininga (SP), Marcelo Nanini. Segundo ele, trata-se realmente de uma espécie albina. "Pelas características físicas observadas o animal encontrado em Tietê é um urubu albino", diz.
Ele comenta que todos os albinos possuem dificuldades de se defender de predadores, pois não enxergam tão bem e não possui velocidade ao alçar voos. Por esse motivo, é comum encontrar aves albinas no meio de um bando e raramente sozinhas.
Ainda segundo Nanini, pássaros considerados diferentes, principalmente os albinos, possuem alto valor no mercado negro e, por isso, é comum caso de contrabando desses animais. “Esses animais são raros, a cada mil aves apenas uma nasce com a doença", explica.
O especialista afirma também que são raros os casos de ataques das aves contra os humanos, mas alerta que é necessário ter cuidado. “É bom tomar cuidado e não se aproximar muito. Por defesa ou medo elas podem se esquivar e atacar. O ideal é que a Polícia Ambiental ou algum órgão de defesa especializada nesse tipo de animal sejam acionados ”, diz.
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