quarta-feira, 8 de maio de 2013

A dez dias de assumir o PSDB, Aécio ainda não tem o apoio de Serra

A dez dias de assumir o PSDB, Aécio ainda não tem o apoio de Serra
Em convenção marcada para 18 de maio, o senador Aécio Neves (MG) substituirá o deputado Sérgio Guerra (PE) na presidência do PSDB. No mesmo encontro, serão eleitos os membros do diretório e da comissão executiva nacional da legenda. A dez dias da reunião, Aécio ainda não se entendeu com José Serra sobre o papel que ele irá exercer na nova composição do comando partidário.

Os tucanos otimistas dizem que ainda não há luz no fim do túnel. Os pessimistas informam que não há nem túnel. Isso porque a dupla não se dignou a conversar. Acomodatício, Aécio quer integrar Serra. Mas esperava que ele sinalizasse quais são as suas pretensões partidárias. O diabo é que, trancado em seus rancores, Serra não emitiu nem sinal de fumaça.

Há muitos cargos em jogo –entre titulares e suplentes, o diretório tem 236 membros. A Executiva, 32. Mas são três as bolachas mais saborosas do pacote: a presidência, já amealhada por Aécio; a secretaria-geral, que será entregue a um deputado federal; e o comando do ITV (Instituto Teotônio Vilela), órgão de estudos e formação política da legenda, prometido a Sérgio Guerra.

Em 2010, após ser derrotado por Dilma Rousseff na sucessão de Lula, Serra reivindicara o ITV. Naquela época, a cúpula do partido preferiu entregar o instituto para o ex-senador Tasso Jereissati, um desafeto de Serra. Hoje, Aécio se dispõe a pedir a Sérgio Guerra que abra mão de suceder Tasso. Desde que, obviamente, Serra se declare interessado na poltrona do ITV.

Munido da carta branca que recebeu de FHC e do governador paulista Geraldo Alckmin, Aécio espera fechar a composição do comando partidário até meados da semana que vem. Passada a convenção, pretende se valer do posto de presidente para colocar a estrutura da legenda a serviço de suas conveniências pré-eleitorais.

Aécio ocupará a propaganda partidária a ser exibida no final do mês. Levará sua candidatura presidencial para passear nos Estados. E intensificará as articulações para tentar montar palanques estaduais e, sobretudo, uma coligação partidária que lhe forneça espaço no rádio e na tevê vender o seu peixe.



PB Agora com Blog do Josias

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