“É um sistema comum para esse período trimestral que atua, sobretudo na porção leste dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte"
Nos próximos três meses não haverá chuvas regulares no Sertão, Cariri e Curimataú do Estado. O prognóstico é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) que prevê que as precipitações fiquem abaixo da média. Somente para o Litoral e Brejo que o orgão prevê que as chuvas possam ficar dentro da normalidade. Com isso, o cenário da estiagem não deverá mudar, e as chuvas que caírem não terão capacidade suficiente para encher açudes e salvar a produção agrícola.
De acordo com o coordenador do Inmet da unidade de Recife (PE), Raimundo Jaildo dos Anjos, o prognóstico feito na última semana em consenso com outros orgãos de meteorologia como o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e com a Agência Pernambucana de águas e Clima (Apac), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funcene).
Segundo ele, as previsões apontam que de abril a junho, as chuvas serão provocadas por um sistema chamado “Perturbações de Leste”, que forma nuvens dentro do oceano atlântico e depois as empurra da parte leste para oeste, através dos ventos alísios. “É um sistema comum para esse período trimestral que atua, sobretudo na porção leste dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Por essa razão, as áreas localizadas na parte leste, como o litoral, poderão ter chuvas dentro da normalidade variando para abaixo da média. Já para das demais regiões da Paraíba, a previsão é de que as chuvas fiquem apenas abaixo da média histórica”, explicou.
Segundo ele, a previsão não é animadora. “Não é animadora, sobretudo para os produtores rurais, porque nãos serão chuvas que terão capacidade suficiente para encher os reservatórios e garantir a produção agrícola. A situação é semelhante ao primeiro trimestre que está se encerrando e que choveu abaixo da média, como já havia sido previsto”, frisou.
Trinta e duas cidades do Sertão paraibano registraram chuvas ontem, segundo dados da Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa). A maior precipitação foi verificada na cidade de Santa Inês, onde choveu 102 milímetros. No entanto, todas as chuvas que caíram ficaram abaixo da média. No acumulado de todo final de semana, choveu em 50 municípios da região. “Foram chuvas isoladas que se mantiveram abaixo da média, assim como já vinha ocorrendo. O fenômeno que trouxe chuvas em março, o VCAN já se dissipou e agora vai se depender da atuação do novo fenômeno climático”, disse a meteorologista Marle Bandeira.
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