Que ninguém se iluda: não há mocinhos na história do Mensalão. Todos pecaram: o que chefiava a quadrilha, o que assinava os cheques, o que comprava políticos e os que se vendiam, como Roberto Jefferson.
Mas, ao contrário dos "colegas de cruz", ele não se fez de vítima, não usou a doença como escudo, nem acusou o Supremo de julgamento político.
Numa tosca alusão à crucificação de Jesus, o petebista seria o bom ladrão, aquele que diante da condenação, reconhece seus erros e aceita sua pena como consequência dos delitos que praticou.
Nessa história de vilões, Jefferson foi o anti-herói que após se vender por quatro milhões de moedas, denunciou um dos maiores esquemas de corrupção flagrados no Brasil.
Não fosse sua coragem (ou seu destempero!), a quadrilha mensaleira continuaria agindo impune até hoje: assaltando os cofres públicos para comprar apoio político.
Além de sete anos de prisão, o delator do mensalão merecia uma medalha! Sim, uma medalha: de honra ao mérito - pelos bons serviços prestados ao Brasil.
Rachel Sheherazade
Rachel Sheherazade
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