quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lula e presidente do PT se reúnem após prisão de tesoureiro

Luiz Inácio Lula da Silva
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, se reuniram no início da tarde desta quarta-feira (15) em São Paulo, após o secretário de Finanças da legenda, João Vaccari Neto, ser preso pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato – o que ele nega.

Vaccari foi preso no início da manhã na capital paulista em meio à 12ª fase da Lava Jato e levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Segundo a PF, o tesoureiro do PT tem praticado crimes envolvendo desvio de dinheiro da Petrobras, possivelmente desde 2004.
A assessoria do Instituto Lula informou que o ex-presidente e Falcão almoçaram juntos na sede da instituição, na capital paulista. O assunto da reunião, porém, não foi divulgado. Procurada pelo G1, a assessoria do PT informou que o presidente do partido estava em Brasília nesta manhã – quando ocorreu a prisão de Vaccari -, mas que havia viajado para São Paulo.
Ainda nesta quarta, deverá ser divulgada nota com o posicionamento da legenda sobre a prisão. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), a direção do PT convocou uma reunião de emergência para esta quarta em São Paulo para discutir a situação de João Vaccari Neto.
O parlamentar disse, porém, que eventual decisão só será tomada em reunião da Executiva Nacional (formada pelos secretários do partido e líderes do Congresso) que já estava marcada para esta quinta (16).

Denúncias
Vaccari já é réu em processo na Justiça Federal do Paraná que investiga as denúncias da Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina em esquema de corrupção que atuou dentro da Petrobras.
O ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200 milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. As apurações da PF apontam que as propinas eram pagas por empreiteiras que firmavam contratos com a petroleira.
O tesoureiro também aparece em depoimentos de outro delator da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da propina. Youssef disse que chegou a enviar um funcionário para a frente da sede do PT em São Paulo com R$ 400 mil para serem entregues a Vaccari.

G1

Nenhum comentário :

Postar um comentário