Pouca gente acredita quando falamos de uma situação bastante inusitada ocorrida as vésperas das eleições 2012. Tudo girou em torno de um grupo político que teve a coragem de deixar um gabinete de um deputado federal no exercício do mandato com três anos com salários garantidos, para se arriscar em projetos políticos que poderiam se pulverizar ainda neste ano.E tudo aconteceu no gabinete do deputado federal Damião Feliciano, quando em meados de junho um grupo de assessores pediu exoneração do gabinete por conta de divergências com o secretário de Turismo da Paraíba Renato Feliciano (PDT), filho de Damião e que tem um caráter bastante ‘centralizador’ em suas decisões.
O grupo deixou o guarda-chuva de Damião e rumou para novos projetos, em João Pessoa investiram no projeto do prefeito Luciano Agra o ex-chefe de gabinete Adauto Fernandes, e os ex-assessores parlamentares Inácio Machado e Weliisson Silveira, Adauto tornou-se assessor especial do prefeito e Inácio Secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa.Com participação marcante na campanha vitoriosa de Luciano Cartaxo (PT) são peças esperadas na gestão petista na capital.Outros dois ex-assessores do ‘coração’ que trilharam trajetórias vitoriosas nas eleições 2012, foram Eudes Félix e Júnior Gordo considerados por muitos, como dois ‘guerreiros’ na campanha vitoriosa de Tatiana Correa (PT do B) na cidade do Conde. Eudes e Júnior deixaram o conforto de uma assessoria de gabinete, para apostarnuma candidatura oposicionista, com poucos recursos, porém com muito reconhecimento popular.
Da cota ‘pessoal’ de Tatiana, Eudes e Júnior são figuras esperadas no primeiro escalão da prefeita.
Ou seja, mesmo correndo um grande risco, de saírem derrotados no pleito, os ex-assessores de Damião deram demonstrações que a ‘amizade’ e a capacidade de trabalho são válidas num meio permeado pela competitividade, traições e ingratidões com os aliados de primeira hora.Mais uma grande lição de que a perseverança e a união são indispensáveis na atividade política. Adauto, Inácio, Eudes, Júnior e Wellisson tinham razão.
Henrique LimaPB Agora
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