No primeiro fim de semana após completar um ano de funcionamento, o Hospital de Trauma de Campina Grande Dom Luiz Gonzaga Fernandes bateu o recorde no atendimento a vítimas de acidentes de moto. Foram registrados entre a noite da última sexta-feira e a noite do domingo 129 atendimentos a motoqueiros que superlotaram as enfermarias do Trauma, enquanto que as ambulâncias provocaram um congestionamento na entrada do hospital. Esse número representou um aumento entre 61,25% e 115%, tomando como base que as ocorrências registradas variam entre 60 e 80 procedimentos.
Segundo o diretor geral do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, esses números apontam uma tragédia anunciada, uma vez que esses dados retratam um cenário de caos que as grandes cidades alcançaram. “As pessoas continuam desrespeitando as leis de trânsito. Só no domingo foram feitos 78 atendimentos. Esse é um número muito alto. Em um ano de atendimento desse novo hospital, nós nunca tivemos tantos casos de acidentes de moto. Verdadeiramente batemos um recorde negativo”, atestou Geraldo Medeiros.
O diretor da unidade ainda atentou para três casos que para ele exemplificam bem os perigos de se pilotar uma moto principalmente em estado de embriaguez. “Atendemos três casos que chamaram nossa atenção. Um foi de uma criança de 11 anos que estava de carona em uma moto, sem capacete e que chegou em estado grave. Outros dois passaram por cirurgia de emergência, só que um deles, de 28 anos não resistiu e teve morte cerebral. Os nossos ortopedistas chegaram a trabalhar por 12 horas seguidas para atender a todos”, destacou.
Como medida preventiva para que esse tipo de atendimento diminua, Medeiros apontou a necessidade de haver uma fiscalização continuada para evitar que veículos irregulares continuem circulando, além da utilização de bafômetros nas blitzes para flagrar condutores guiando seus veículos sob o efeito do álcool. “A fiscalização precisa continuar para podermos evitar esse exagero de casos. Podemos dizer que neste último fim de semana houve uma superlotação no hospital”, concluiu o diretor.
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